Boas vindas

O objetivo principal deste blog é edificar vidas.

Os artigos e informações aqui contidas visam tão somente tornar as pessoas mais conscientes de si; seguras na busca do entendimento sobre o mundo, os fatos, as pessoas; acreditem mais na construção de um mundo melhor e na beleza da criatura humana. Bom proveito !

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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Um novo ano mesmo, de verdade!


Fim de ano a criatura humana sempre arranja um espaço para grandes reflexões, que vão do avaliar ao projetar. Isso é bom, muito bom mesmo, pois o corre-corre da vida muitas vezes nos impede de ter um momento a sós, que dê espaço para meditação. As grandes e velozes transformações sociais nos tiraram essa preciosidade, que ainda hoje é muito exercitada no mundo oriental e muito bem presente no tempo dos nossos pais ou nossos avós. É muito salutar e produtivo que nos nossos propósitos e projetos para 2012, identifiquemos com muita clareza o que sonhamos e queremos, bem como o modo e o tempo de executá-los. O propósito aqui não é dar um tom tecnicista ou burocrático aos nossos desejos. Isso não seria justo e tiraria a beleza dessas emoções. Mas, por outro lado, não é nada agradável chegarmos ao final do ano que se inicia e constatarmos que o sonhado não aconteceu, ficou no caminho ou mesmo nem iniciado foi. Para evitar essa pequena frustração e, além disso, sentir o sabor agradável da viabilização dos nossos sonhos torna-se indispensável transformá-los em projetos. E projetos incluem pequenos e preciosos detalhes de execução daquilo que sonhamos. Some-se a isso, disciplina, muita disciplina.Só assim podemos tornar real o que estava muito forte em nosso imaginário. É essa a grande diferença entre o desejar e o fazer, o sonhar e o executar. Devemos continuar sonhando e sonhando muito, acordados ou dormindo. Porém, não custa nada adicionar aos nossos sonhos para 2012, algo que, talvez, estava ausente anteriormente: o firme e planejado propósito de torná-los verdadeiramente uma realidade em nossas vidas. É isso que, sinceramente, de todo o coração mesmo, desejo que aconteça com você: realizar seus sonhos. Tenha um feliz e abençoado ano novo. Que o ano de 2012 seja simplesmente MARAVILHOSO! 

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Seu tempo, seu perfil

Existem várias maneiras de se aprofundar na análise comportamental de alguém. São caminhos diferentes para se conhecer melhor uma pessoa, mesmo que não conviva muito com ela. Lembro-me de quatro. Uma, bastante conhecida e praticada: “Diz-me com quem tu andas, que tirei quem tu és”. Outras duas, menos conhecidas e só recentemente utilizadas, mas muito interessantes. “Mostra-me com que gastas o teu dinheiro e identificarei as tuas prioridades, os teus valores e a tua filosofia de vida”. E, “Os produtos que compras na feira, definem tua mesa de refeição e o grau da tua educação alimentar”. Recentemente, está despontando, com muita eficácia, outra forma de conhecer, em detalhes, o caráter, a personalidade, o perfil, a maneira de ser e os valores de uma pessoa. É a distribuição de seu tempo ! Envolve todo o desenrolar do dia a dia de sua existência. Sabemos que administrar bem o  tempo é o grande desafio para nós pobres mortais no mundo tão veloz em que vivemos. E quem consegue, adquiri grandes possibilidades de ser feliz e bem sucedida na vida. Para servir de exemplificação, fiz um levantamento da rotina de minha própria esposa e li para ela no dia do seu aniversário, perante todos os convidados. Descobri que ela, Solange, é uma mulher virtuosa, que sabe administrar bem o seu tempo, portanto, uma vitoriosa. Para chegar a essa conclusão e comprovar a minha análise, relacionei a rotina da Solange durante uma semana, com detalhes significativos, que agora passo para você, a título, repito, de mera exemplificação. Vamos lá: 1) todo dia, até as 10h, cuida das plantas, define e prepara a refeição do almoço; 2) às 3ª., 4ª. e 5ª. feiras, reserva parte do tempo para supervisionar a diarista no trato das roupas, do jardim e da casa;- 3) parte das manhãs, de algumas tardes e final de noite é dedicada às leituras, produção de trabalho acadêmico e a preparo das aulas da semana; 4) não dorme, sem antes, na cama, ler a Bíblia ou literatura com ela relacionada; 5) toda 3ª. e 6ª. fim de tarde e começo da noite dedica-se a sua mãe, D. Nise; 5) toda 5ª. à tarde dedica-se ao seu neto Levi; 6) toda 3ª. pela manhã dedica-se aos seus netos Davi e Tiago; 7) toda 2ª. e 4ª. fim de tarde e à noite, dar expediente na Faculdade; 8) todo início da manhã e final de noite tem um bom papo comigo; 9) dormimos juntos todas as noites;10) todo domingo fim de tarde e à noite está na igreja, coordenando as classes de crianças de 03 a 07 anos; 11) na 3ª.feira, à noite, fazemos a feira; 12) ainda tem tempo para, três vezes por semana, dar uma saída, só nós dois, para um bom papo, lanchando ou almoçando fora; 13) com freqüência, sai para lanchar ou dar uma passeada com a filha ou um dos filhos com os respectivos cônjuges. Eis, a seguir, com a devida permissão dela, o que identifiquei, através da análise da rotina de sua vida: a) tem perfil de dona de casa, gestora e acadêmica; b) valoriza e dar assistência a sua família e seus familiares; c) gosta de ler e trabalhar; d) é polivalente, multifuncional e dotada de variadíssimos dons; e) comanda várias coisas ao mesmo tempo; f) tem muita disposição; g) zela pela comunhão com Deus e o trabalho na igreja; h) é dotada de muita afetividade; i) adora convivência com pessoas; j) valoriza muito o relacionamento humano; k) tem sensibilidade, adora plantas e as plantas gostam dela; l) identifica-se bem com as pessoas simples e sabe se relacionar com as demais; m) respeita, valoriza e zela pela felicidade conjugal; n) prima pela vida profissional; o) é ativa, organizada e pontual. Pronto, ais ai uma exemplificação de conexão entre a administração do tempo e o perfil de cada um. Tente fazer esse levantamento com relação a você mesmo(a). Tire suas conclusões e trace o seu perfil. Você vai se surpreender! Faça, da mesma forma, com relação à pessoa que você tem muita aproximação. Saiba que, apesar delas, via de regra, não gostarem de ser avaliadas, todas elas odoram ser observadas, principalmente quando essa observação e feita pela pessoa que ama e com quem convive, desde que , claro, seja com sinceridade, respeito e carinho.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

domingo, 25 de dezembro de 2011

Em meio ao Natal, um fato animador.

Encontrei esse fato animador, lendo uma entrevista feita com vários homens que anualmente trabalham como Papai Noel. Entre tantas outras coisas boas da entrevista, destaco a dita por essas pessoas que viveram muitos dezembros como ator do personagem imaginário Papai Noel, portanto tiveram muitos contatos com os mais variados tipos de crianças. Ao serem indagados sobre quais os presentes mais solicitados, eles responderam que “as crianças deixaram de pedir brinquedos para solicitar o fim da violência ou até livros e cadernos para aprender a ler”. Esta constatação é extremamente animadora, pois revela que realmente estamos vivendo um novo tempo. Esses “novos pedidos” a Papai Noel são de algo pouco ou nunca lembrado por crianças: violência e educação. Um, é de ordem social, demonstra uma preocupação com a vida de todos. Outro, pertence ao campo individual, preocupando-se com a própria formação, o que não deixa de ser também de interesse de toda a sociedade. Analisando as causas dessa salutar mudança, detectei várias, mas duas delas desejo ressaltar. Uma causa é a nova concepção de vida dos pais, da família. Estamos entendendo e ensinando aos nossos filhos o que realmente faz sentido na vida; a importância de se preocupar com o bem estar de todas as pessoas; o valor do estudo, do aprender para ser feliz e bem sucedido, pessoal e profissionalmente. É notório que estar surgindo uma nova família, e que verdadeiramente a família está em alta. Acredite nisso! Ou você pensa que essa inicial mudança de pedir menos violência e mais estudo caiu do céu? Não, o que caiu do céu foi a mudança de valores que brota agora nos corações dos pais. A outra causa dessa mudança, encontro nas escolas, igrejas e em toda a sociedade. Temos amadurecido muito. Os valores que havíamos aprendido, os quais foram tremendamente bombardeados pelas gerações anteriores têm recebido, a cada ano, um maior número de pessoas, que se levantam em sua defesa e contra atacam os argumentos destruidores desse valor. Posso incluir aqui, sem medo de errar, que até a televisão brasileira mudou de postura e, vendo que a sociedade mudou, vem abordando, em suas produções, temas antes não lembrados, tais como, honestidade, transparência, respeito, estudo, família, vencer por mérito e tantos outros. Passe, pois, um Natal bem feliz, agradecendo ao Aniversariante as mudanças que estamos vivenciando no nosso querido Brasil.



José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
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sábado, 24 de dezembro de 2011

Prece do novo

Gosto muito de curtir bem as emoções do Natal. Leio todas as mensagens que tomo conhecimento, quer seja em cartões que recebo, em anúncios comerciais e institucionais, em faixas ou cartazes expostas em escolas e prédios. Alguns são meros chavões. Estes servem apenas para lembrar o que já vi antes, mas de qualquer forma têm o seu valor. Outros, porém, provocam grandes reflexões e, em sua maioria, trazem um novo ânimo. É o caso do que abaixo transcrevo, com o título acima, “Prece do Novo”. Li e me encantei, daí porque divido com você. Trata-se de um presente, em forma de mensagens, dado pelo O Povo aos seus leitores e assinantes. Fez-me recordar o tempo bom de convivência humana. Foi escrita pela Jornalista Ana Mary C. Cavalcante, que aqui destaco, parabenizo e agradeço. Foi publicado, com espaço na folha que envolve o jornal do dia 24. Desejo boa leitura e que você tenha um feliz e abençoado Natal. Eis o texto.
                  “O homem tem acreditado menos. Tem perdido a imaginação da infância sobre anjos e céu, tem desistido mais cedo do amor, tem negado mais o perdão. Mas não é culpa do tempo, que parece envelhecer o homem. É porque o homem tem buscado mais explicação do que sentimento. Tem buscado fora de si o que é próprio do ser.
                  O homem tem aprisionado a esperança na palavra. Tem questionado a própria fé. Tem desaprendido o abraço e se desacostumado da gentileza. E, antes que o homem se perca nesse desmundo, é urgente tomar o homem pela mão. A união é o sonho mais sonhado pelo tempo.
                  Que se somem as diferenças, em 2012, para que a humanidade se torne maior. Que se aproxime mais do que se tema. Que se façam as pazes com o próximo e com o mais distante. Que se façam as pazes com o acreditar. E que se juntem as crenças. Que os direitos não sejam luta, mas paz. E que o respeito enriqueça os aprendizados.
                  Que o amor, esquecido pelo não dizer, atrofiado pelo não manifestar, volte a existir. Como mandamento, ou como poesia, e principalmente como vida real. E que o amor seja mais forte do que a guerra. Ainda que seja outra vez uma utopia, mas que seja. Porque, como reconhece o escritor Vinicius de Moraes, para isso fomos feitos: para a esperança no milagre."



José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Comenda Educador

É meu lema pessoal e o objetivo deste blog divulgar coisas boas que edifiquem às pessoas e à sociedade.
Nesse raciocínio, estou compartilhando com vocês a alegria que tive em ser distinguido com a Comenda Educador, cujo patrono é o inesquecível educador Edilson Brasil Soares, fundador do Colégio 7 de Setembro.

A matéria abaixo foi publicada no jornal O POVO do dia 18/12 e no Diário do Nordeste no dia 20/12.

Assim, a minha responsabilidade como educador aumenta e procurarei cumpri-la da melhor forma possível.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com




quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A prioridade de Romário


Até o ano de 1988, não conhecia a vida de Romário. Para ser sincero, não sabia nem do seu futebol. A primeira vez que o vi, foi exatamente em uma entrevista na televisão, que não durou mais do que alguns segundos. Na época, fiquei extremamente impressionado com suas declarações. Passei a admirá-lo profundamente. Isso porque, no Brasil, o que presenciávamos,   era um desfile interminável de vedetes, onde as pessoas só pensavam em aparecer e vencer sozinhas o seu obstáculo, dando prioridade ao seu interesse. Era forte na sociedade a prevalência do “tirar proveito em tudo”. Pois, foi exatamente no futebol, que surge um homem coberto de honraria pelo que tem feito em campo e com todo o equilíbrio e simplicidade afirma que o sucesso dele no jogo não era o mais importante. Importante era o êxito da seleção nas Olimpíadas. A prioridade dele era a vitória da equipe, o resultado favorável ao grupo, a medalha para o Brasil e não o seu destaque pessoal.
Aconteceu quando eu estava passando rapidamente pelo televisor e tive a atenção voltada para a entrevista que acontecia com esse moço, chamado de Romário. Era um dos atletas da Seleção Brasileira de Futebol e novo ídolo do Brasil. Já tinha a fama de goleador. Era participante das Olimpíadas de Seul, jovem, muito moço, com aparente tranqüilidade e demonstrava ser desprovido de qualquer vaidade ou pedantismo, bem próprio dos que despontam no futebol brasileiro. O que me chamou a atenção na entrevista, e desejo destacar, foi a resposta dada à seguinte pergunta: “como é, Romário, já fez 02 gols contra Nigéria; atualmente o artilheiro das Olimpíadas, quantos gols deseja fazer contra Austrália?” Pelo que Romário, olhando para os lados e para cima e com a mão pegando nos cabelos respondeu: “Primeiramente o que me interessa é a vitória da equipe, para que a seleção brasileira possa conquistar a importante medalha de ouro. E depois, secundariamente tentarei fazer gols para, se possível, manter a artilharia e ser realmente o artilheiro de Séul”. E no dia seguinte, o Brasil venceu a Austrália por 3xO e Romário fez 3 gols.
Fiquei imaginando o efeito dessa declaração nas emoções dos milhares de jovens e adolescentes que, vidrados nesse mais recente ídolo, assimilavam o novo conceito de vida tão ausente nos brasileiros: “a prioridade do bem comum”. Essa maneira de ser do nosso Romário era bem diferente daqueles atletas da Seleção de Futebol de 1982 e da Seleção de Vôlei de 1987 e de tantas outras seleções onde prevaleciam os interesses pessoais e não da equipe. Acredito que é de homens como Romário que o Brasil necessitava para vencer suas dificuldades e sair bem de qualquer disputa, contra quem quer que seja.
A fama de Romário seguiu de ano a ano, até que atingiu os mil gols e, devagar, foi deixando o futebol. Saiu do mundo esportivo e enveredou para vida pública, quando em 2010 foi eleito Deputado Federal, com votação magnífica. Como na política brasileira, está faltando homens que visem mais o bem comum do que seus próprios interesses, eis que surge Romário noutro campo, não mais de futebol, mas de destino da política brasileira. Está faltando, e muito, políticos que tenham a mesma concepção de vida de Romário, fazendo parte de uma equipe de trabalho, que dê prioridade aos problemas nacionais e busquem uma forma inteligente de solucionar cada um deles. Esses problemas são complexos e são muitos. É preciso trabalhar com dedicação e afinco. E o Romário está procedendo exatamente assim. Ele não falta as sessões, atua com seriedade e responsabilidade e adotou uma grande causa: valorização das crianças especiais, apoiando todo e qualquer movimento que venha aumentar os cuidados com elas.
Sempre que vejo algo precioso no proceder de celebridade, de imediato procuro dar destaque, pois sou consciente que sua atitude tem enorme influência na vida de muitos brasileiros. E Romário ao manter a visão que tinha como atleta e, coerentemente, transportar para a nova seleção que ele agora faz parte, o Congresso Nacional, merece ser enaltecido, pois continua sendo um exemplo, dando prioridade ao trabalho em conjunto e para o bem comum. Acredito que durante sua trajetória de vida ele deve ter praticado muitas coisas que não devia. Mas, uma coisa é certa, e aqui desejo destacar, continua sendo um homem com uma visão de estadista, que não deixa de fitar o olhar para o bem comum.


José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

PACTO - O melhor jeito de ser família


Dezembro é um mês ótimo para reflexões. Nessa época estamos mais sensíveis. Os fatos mais significativos da nossa existência vêm à tona. A verdade surge naturalmente. É hora de ser sincero, não adianta esconder os questionamentos; é hora de tomar decisões, não adianta fugir delas. É, também, a hora de fazer uma retrospectiva, confirmando ou alterando o modo como vínhamos conduzindo a vida. Essa reflexão permeia por todos os ângulos, invadindo os mais diversos campos de nossa existência: do profissional ao financeiro; do familiar ao afetivo; do espiritual ao corporal; relacional ao político; do lazer ao exercício da cidadania, e mais tantos outros. Dentre eles, quero destacar A FAMÍLIA!
O meu artigo terá por base o título acima: “PACTO - O MELHOR JEITO DE SER FAMÍLIA”. Essa afirmação não é minha. Vi em uma camisa. Comprei-a e uso-a, como sendo uma forma de endossar e divulgar a beleza dela. Trata-se de uma expressão utilizada pela Igreja Batista Candeias, cujo dirigente é o Pr. Hildebrando, nos cultos realizados das manhãs do primeiro domingo de cada mês, dirigidos pelo Pr. Airton, visando edificação da família. No meu entender, pacto aqui é no sentido mais amplo, ou seja, não se restringe apenas ao casal, embora nele seja de vital importância. Envolve todos os demais membros da família, a iniciar pelos filhos, indo até aos parentes mais próximos. Sim, porque família não é só o núcleo. Ela recebe influência de muitos outros fatores, daí porque, para ser feliz e saudável, depende também do relacionamento com os demais familiares. Até certo ponto não somos dependentes e nem independentes dessas pessoas, mas somos, com certeza, interdependentes. A genética aí está para confirmar esse eterno vínculo; a formação que tivemos desde o berço, também perdura, influenciando sempre; o solo e o ambiente que fomos criados ditam, e muito, a nossa maneira de ser. Assim, o melhor jeito de ser família é manter os mais diversos pactos. Primeiro, com Deus, procurando seguir a Sua orientação e honrando-O sobre todas as coisas. Depois, consigo próprio, de cuidar bem de si, do corpo, sonhos, emoções e projetos pessoais. Pacto com aquele ou aquela que você escolheu para amar e realizar o sonho de constituir uma família feliz; com quem pactuou ser leal e amigo; prometeu consideração, carinho e prazer. Se, por qualquer que seja o motivo, você não conta mais com essa pessoa, siga em frente, investindo mais, muito mais mesmo, em si, até encontrar ou não a pessoa certa para formar novamente um casal. Saiba que, pelo fato de não existir mais um casal, em nada a sua família diminui de valor, pois o que vale muito é ser feliz na nova constituição da família. Não é justo sofrer ou continuar sofrendo por algo que não deu certo. Pacto, também, com seus pais e com os pais dela ou dele, de respeito e compreensão, para administrar bem as diferenças. Pacto com os filhos, de ouvi-los, entendê-los, amá-los e orientá-los. Com seus irmãos e os dela, reconhecendo que eles fizeram e fazem parte da família de origem. Pacto de amor e consideração com os avós, sobrinhos e primos seus e dele ou dela. Como se percebe, para constituir e manter uma família ajustada, resistente às intempéries da vida, feliz e abençoada, a palavra chave é PACTO! Principalmente, pacto de amor consigo e com os demais.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

sábado, 10 de dezembro de 2011

Uma pessoa especial


Todos nós temos admiração por alguém, porque neste ou em algum lugar, em determinado tempo, procedeu de modo tal que passamos a admirá-lo. Esta pessoa passou a ser alguém especial para nós. São as admirações da vida. Às vezes, nem conhecemos tal pessoa, mas o seu gesto nos causa admiração; nem presenciamos a sua atitude, mas, ao tomarmos conhecimento desta, percebemos a sua dignidade; todos se admiram do gesto honroso, mas às vezes só nós percebemos a nobreza da ação.
Recentemente me deparei com uma pessoa que agiu de maneira tão compreensiva que para mim ela se tornou uma pessoa especial. Trata-se de um motorista de táxi. A sua aparência era de um homem sofrido, pois as marcas do trabalho já se revelavam no seu semblante. Possuía aparência de homem pobre. Seu trabalho era dirigir um carro com aspecto de que precisava de reparos. Era exatamente nesse veículo, como motorista de táxi, que ganhava  o pão. Conheci-o perto do Palácio da Abolição. Precisava eu de um táxi e o vi se aproximando. Pedi-lhe para parar e disse que desejava ir em direção contrária ao que ele ia. Olhou para os lados e fez uma curva ali mesmo, não percebendo, porém, que vinha uma camioneta  4x4 com uma certa pressa. Isto aborreceu o motorista desse carro de luxo, que reagiu, diminuindo a marcha do carro, baixando o vidro e gritando a famosa frase: “F... da P...!”. Fiquei em silêncio e ele disse um pouco nervoso: “tem razão, tem razão... eu realmente fui um F... da P...”.  Continuei calado e ele repetiu: “Eu errei e quando eu erro não discuto, aceito as conseqüências do erro. O motorista do carro de luxo me chamou de F... da P... e tem razão. Apenas não fiz de propósito, apesar de saber que este lugar não é para fazer curva”. Pensei comigo mesmo: Quantas brigas na rua por causa de desentendimento e este humilde homem age de uma maneira tão pacífica! Então disse para ele: “Muito bonito o seu gesto. Se todos agissem assim ,a violência urbana seria bem menor” . Dei-lhe os parabéns e sugeri que agisse sempre desse modo, pois assim procedendo, além de evitar confusões, serve de exemplo para outras pessoas também agirem com prudência diante de erros seus ou de outros.
Para mim este motorista de táxi passou a ser uma pessoa especial. No meu modo de entender o feito dele é digno de uma medalha de ouro, de um prêmio Nobel ou DE COLOCÁ-LO NO “PODIUM” DO GRANDE PRÊMIO DE FÓRMULA ÚNICA DE FAZER REINAR A PAZ ENTRE OS HOMENS. Não se trata de um exagero meu. Realmente fiquei admirado de tanta nobreza em um simples motorista de táxi. Lembrei-me de certa ocasião, ocorrida há alguns anos, quando um homem de muitas posses vinha em sua “cabine dupla”, em plena Avenida Beira Mar e outro carro atrapalhou a sua intenção de mudar de faixa. Ele reagiu com tanta violência que causou pânico em muitos pais que por ali passavam com seus filhos. A violência consistiu em puxar uma arma, querendo de qualquer modo procurar o motorista do outro veículo para matá-lo. Ainda bem que o engarrafamento do trânsito não o permitiu. Comparando os dois gestos e vendo a necessidade de uma maior paz social, claro que a atitude do motorista de táxi me serviu de lenitivo para suavizar a dor das decepções causadas pelas reações dos dois homens “rico” já citados. Serviu também, como forte dosagem de fé no homem e na sociedade. Eis porque, para mim, este motorista é uma pessoa especial e para ele fica aqui a minha homenagem.
Esse registro só atingirá o seu objetivo maior, se você, que agora dele tomou conhecimento, passar a agir, sempre que for necessário, igual ao motorista, aliás, ao BOM CIDADÃO MOTORISTA DE TAXI, compreendendo as pessoas e suavizando os atritos provocados pelo corre- corre da vida que , quase obrigatoriamente, levamos nos dias de hoje.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Natal que nunca tivemos


O natal no seu aspecto religioso é universal. Quase todos os povos comemoram. É indiscutível o seu maior sentido: o de comemorar o nascimento de Cristo, o Salvador dos homens. Devia ser visto sempre pelo aspecto religioso, por ser o mais sublime e, acima de tudo, divino. Porém, os homens deram vários sentidos ao evento, chegando até mesmo a fugir do seu significado original. Acredito que boa parte dos cristãos comemora o Natal sem atentar para o seu verdadeiro sentido.
                  Fugindo do seu aspecto religioso, o Natal tem sido comemorado com festa e troca de presentes. E, nesse particular, ele deixou de ser de todos para ser de alguns, negando a universalidade da dádiva divina e particularizando o Natal. É, assim, bom para alguns e péssimo para outros.
Estamos no rol daqueles para quem o Natal sempre foi bom. Nunca nos faltaram presentes, muita comida, roupa nova e a presença dos amigos e familiares. Nada temos a reclamar do Natal, principalmente no seu aspecto festivo. Sempre comemoramos com fartura o nascimento de Jesus Cristo, embora nem sempre no seu verdadeiro sentido. Podemos dizer que por ambos os aspectos do Natal nada temos a lamentar.
Porém, nesse momento seria bom imaginarmos o natal que nunca tivemos, mas que acontece, repetidas vezes, na vida de muitas pessoas. Trata-se do natal com fome, doença, pobreza, enquanto que num verdadeiro contraste os outdoors, jornais, revistas, rádio, televisão e internet retratam um natal farto. E essa diferença de nível do natal torna ainda maior a desarmonia e agrava ainda mais o problema de quem não pode comemorá-lo dignamente. Torna-se, atécerto ponto, um verdadeiro assédio moral, um bulling, em pleno Natal. Assim, com a permissão de todos e em meio a tanta fartura, devemos parar um pouco, homenagear aqueles que nada têm, e reconhecer que, apesar de também termos os nossos problemas e dificuldades, é importante que agora as esqueçamos. É momento de nos lembrarmos daqueles que passam necessidades, ao ponto de não terem alegria, presentes, fartura, nem mesmo no Natal, e ainda são obrigados a assistirem calados os apelos natalinos.
Nunca tivemos fome por falta de comida e nunca deixamos de ser lembrados do natal. Não sabemos o que é a dor da fome e nem o desgosto de nunca sermos lembrados no Natal. Nunca tivemos um natal sem presente, sem comida e sem amigos. Esse é o natal que nunca tivemos. E para sermos sinceros, nunca gostaríamos de ter. A única coisa que almejamos é que no natal e durante todos os dias do ano, nunca nos esqueçamos daqueles que têm um natal que nunca tivemos. E que Deus nos dê força e visão suficientes para fazermos algo por aqueles que têm tanta privação e dificuldade.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O recall em educação

É bastante comum, ver-se na mídia, avisos da indústria automobilística, informando falha na fabricação de determinado veículo e convocando os proprietários para o comparecimento em qualquer de suas concessionárias, a fim de corrigir a falha detectada. Do detectar ao corrigir, tudo é feito com coragem e muita precisão. Embora desgaste um pouco a imagem da empresa, pelo fato do proprietário ter de ir à concessionária, não deixa de ser percebido: o zelo ao detectar; a humildade em anunciar; o empenho nas providências tomadas. Comparando esse procedimento com a educação, constatamos: 1) a família e a escola, também cometem falhas no processo de formação do filho-aluno; 2) para detectar falhas é exigido zelo, percepção e esforço; 3) assumir as falhas, requer humildade; 4) o esconder só traz prejuízos); 5) anunciar às pessoas envolvidas, é de fundamental importância; 6) o definir e tomar providências, faz obter bons resultados; 7) trabalhar em conjunto, família e escola, torna a ação mais prazerosa. É urgente, urgentíssimo, o trabalho simultâneo e harmonioso entre família e escola, pois as falhas em educação são muitas: notas baixas, falta de compromisso, desrespeito, preguiça, ausência de limites, indisciplina, agressividade, mentira, fraude, ciúmes, insegurança, medo, angústia, insatisfação, pouca leitura, má distribuição do tempo, em especial, quanto ao sono, estudo, lazer..., brincadeira excessiva, relaxamento, gastos desnecessários e alimentação precária. É de urgência absoluta a prática do recall em educação, pois, embora não tenha a mesma precisão da indústria automobilística, vez tratar-se de peças, máquinas e não de gente, pessoas, terá a mesma função e finalidade: corrigir falhas, obter sucesso.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Esse é o caminho, andai nele


Podemos resumir as teorias existentes sobre o comportamento humano em duas linhas de raciocínio: ensinar o caminho ou deixar que ele seja descoberto. Apesar de serem extremamente diferentes, via de regra, usamos ambas, alternadamente. Ora estamos a mostrar o caminho, ora a esperar que seja descoberto.  O fato de, no decorrer da nossa existência, utilizarmos as duas, mesmo sendo opostas, denota, aparentemente, uma grande incoerência, ou, então, ficamos devendo uma contundente explicação.
Acredito que muitas vezes se trata de incoerência mesmo. Conscientes ou não, agimos de maneira confusa e isso gera inquietação naquele com quem nos relacionamos, seja quem for: namorado, cônjuge, filho, aluno, colega, parente, colaborador ou cliente. Ele fica literalmente perdido, sem entender a nossa linha de conduta, pois numa situação A, agimos de uma forma, enquanto na situação B, mesmo sendo idêntica, agimos diferentemente. Pensou que nossa ação fosse X e ela foi Y. Essa incoerência pode ser aparente ou autêntica. Aparente porque demonstra incoerência, embora na realidade, muitas vezes, não o seja. A incoerência é autêntica quando na essência foi entendida e se configurou realmente uma atitude bem diferente da assumida noutra ocasião.
Acredito também que quando, às vezes, misturamos em nossas ações a teoria do ENSINA O CAMINHO com a teoria do DEIXA QUE ELE DESCUBRA O CAMINHO ,não é porque somos incoerentes (nem aparentemente nem no real), mas sim porque nos falta convicção para aplicar em determinada situação a teoria A ou B. E nesse particular a criatura humana é muito contundente, não permanece naquilo que não acredita. Age de um modo, porque acredita que ser o melhor ,e muda quando acha que não é mais. Somos, neste particular, mutáveis e até certo ponto devemos dar graças a Deus por isso. Apenas, por outro lado, não devemos mudar apenas por mudar, sem uma análise mais profunda da mudança. Essa falta de análise é um procedimento que leva a uma rotatividade prejudicial, atingindo a si e àqueles com quem nos relacionamos. Daí porque o mudar não pode ser moda, deve resultar de uma análise profunda da situação.
Para adquirirmos convicção interior ao ponto de dizermos para alguém “esse é o caminho, andai nele”, é necessário uma série de experiências, conhecimentos e acima de tudo uma conduta muito exemplar, para que o outro acredite que o caminho realmente é esse. Falta-nos, nesse particular, autoridade de vida. Nossa vida nem sempre dá segurança às pessoas com quem convivemos. Daí porque quando dizemos “esse é o caminho” ninguém segue. A vida que levamos é a nossa autoridade maior. Só quem sabe o que é viver é que pode dizer “esse é o caminho”. Seguir ou não esse caminho é da alçada não de quem mostra, mas de quem escuta. Quem tem autoridade para mostrar o caminho, tem virtude suficiente para não impor o seu segmento, mas espera pacientemente que o outro descubra se é esse mesmo o caminho ou não.
Nos nossos dias, na nossa casa ou mesmo no país, está faltando quem tenha condições de mostrar o caminho. Muitos o estão mostrando, mas sem vivência para tanto. Daí não acreditarmos. É necessário seguir alguém (e pode ser você) que, primeiramente em casa e depois nos demais segmentos sociais, aprenda o caminho e com vivência comprovada possa dizer “esse é o caminho, andai nele.”. E depois deixar livremente que se descubra qual o caminho melhor a seguir.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Expectativa dos Pais X Projeto dos Filhos

Dias após a experiência exposta no artigo anterior (clique aqui para ler), assisti uma abordagem, em uma escola de Fortaleza, apresentada pelo Dr. Francisco Cavalcante Vale, médico psiquiatra e analista, abordando o tema Expectativa dos pais X projeto dos filhos. Eis parte das anotações: 1) viver não é fácil e nem simples, a sabedoria está em não complicar; 2) o abandono ou a superproteção pode comprometer a autonomia e auto-estima; 3) a escolha da profissão não é imutável, a mudança pode ser saudável; 4) o processo de escolha deve ser bem elaborado e conjuntamente bem articulado ao projeto de vida; 5) há uma forte influência da mãe sobre a escolha profissional; 6) a influência dos amigos na escolha profissional é pouca, já no desenvolvimento da carreira profissional é grande. Como se percebe, em palestras, artigos, filmes, livros, frases ... coletamos grandes ensinamentos, restando a cada um de nós apenas saber conectar aos fatos do cotidiano, as experiências aprendidas.


José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
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A forte relação entre estudo e projeto pessoal

Vibrei muito, muito mesmo, quando uma jovem mãe, pós-graduada, trabalhando dois expedientes, expos a sua experiência ao administrar, a relação, às vezes tensa, com o filho de 16 anos, no tocante ao equilíbrio entre estudo, namoro, diversão, sono, malhação, alimentação, vida espiritual e o sonhado projeto de vida. O que presenciei passo agora para os queridos leitores. O filho, inteligente, sociável, obediente, mas logo após os 12 anos veio o encanto com a vida e começou a relaxar nos estudos, pois as demais atividades eram bem mais empolgantes. Apesar do constante diálogo com o filho, as notas da escola foram baixando. No princípio, só em algumas matérias. Depois em mais outras, e ultimamente em quase todas. Ela, a mãe, já tinha utilizado todo tipo de argumento, mas as notas continuavam baixas. Quando chegou o boletim da 2ª. etapa estava um horror! Ai teve a ideia, após muita reflexão e oração, de chamá-lo e, em vez de analisar as notas, sugerir que ele, por um período de dois dias, refletisse e explicasse para ela a relação entre as notas obtidas e a realização de seu projeto de vida, que era “fazer o vestibular para o curso de Direito na USP, estudar lá por um ano, trabalhar e juntar dinheiro para passar um ano nos Estados Unidos, retornando para concluir o curso na USP e, após concluir, vir exercer a advocacia em Fortaleza, sabendo que teria boas oportunidades, por ter feito o curso em São Paulo e morado no exterior”. Esse diálogo foi com seriedade e respeito ao filho e aos seus projetos. Nada de “bronca” ou ironia e nem de ameaça desafiadora. Pelo contrário, reafirmou o amor e a confiança que tinha nele. Passados os dois dias, já era domingo à tarde, tiveram uma conversa muito proveitosa. Ele entendeu a forte relação entre o ser hoje e a realização do projeto de vida. Daí para frente, a mudança foi racional. Com serenidade, foi sincronizando a rotina com o ideal de vida. Falou isso com os colegas e amigas, para eles entenderem a negação de algumas saídas. Agora está mais consciente da necessidade de lutar por um propósito maior. Ele entendeu que para o seu grande projeto, tinha de estudar muito, muito; para um projeto médio, tinha de estudar muito; para um projeto pequeno, tinha de estudar normal. Com isso, vi a grande importância de vivermos ensinar aos nossos filhos o paralelo entre projeto e estudo.


José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
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Acredito no Brasil, ainda que


No momento em que o povo brasileiro está, em sua quase totalidade, decepcionado e revoltado com a forte incidência de práticas constantes de corrupção, em todas as esferas e segmentos sociais, inclusive entre as pessoas que conhecemos ou até mesmo convivemos, é necessário que haja um esforço, mesmo que espinhoso, para não perdermos a esperança de dias melhores, composta de pessoas corretas, leais, íntegras e transparentes. Mesmo que a caminhada em busca da vitória demonstre ser difícil é bom não se esquecer que ao se perder uma batalha, não significa que perderemos a guerra, como do mesmo modo, quem ganhou uma batalha não deve pensar que ganhou a guerra.
A existência é mais do que um perder ou ganhar. A vitória não é de quem ganha e, sim, de quem não perde a esperança. Ganhar e não ter esperança é pior do que perder e continuar confiante.
Para ter dias melhores é necessário não perder as esperanças. É preciso acreditar. É importante ir em frente. O Brasil necessita, mais do que nunca, que os seus filhos não percam a esperança de mudar esse quadro de corrupção para um cenário limpo, puro e belo, pois com certeza esse é o desejo de milhões e milhões de Brasileiros.
Nada melhor, nesse momento, do que se posicionar como o profeta Habacuque se posicionou numa época em que poucos acreditavam na existência de Deus:
“Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira e ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação.”
Pelo amor às gerações mais novas e às futuras gerações, acreditemos nesse imenso país, ainda que...

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
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sábado, 3 de dezembro de 2011

Conhecendo pelos gastos


Existem várias maneiras de se conhecer as pessoas. Dizem que até pelo andar é possível se perceber um pouco da personalidade de cada um. Também, através da letra pode-se conhecer muito da vida de uma pessoa. O conhecimento humano evoluiu bastante nesse sentido. E mesmo assim cada vez conhecemos menos uns aos outros. Entretanto, uma das maneiras de conhecermos uma pessoa é através do modo como gasta ou aplica o seu dinheiro. Pelo caminho das despesas podemos conhecê-la, mesmo sem nunca tê-la visto. O modo como administramos o nosso dinheiro diz muito do que pensamos ou queremos. Ele denuncia o nosso modo de ser. É através dele que, retratamos o nosso mundo interior. Diz a Bíblia que onde estiver o nosso tesouro aí estará o nosso coração. Prova evidente da nossa inclinação é o modo como gastamos o dinheiro que ganhamos ou possuímos.
Daí a necessidade de analisarmos como gastamos o nosso dinheiro. É possível que venhamos a nos conhecer melhor e tirarmos conclusões preciosas sobre nossa vida. Se gastamos muito com determinada coisa e quase nada com outras, é possível que isso venha denunciar as nossas preferências ou, até mesmo o exagero, às vezes em detrimento das outras coisas bem mais importantes. Se este gasto exagerado é com produto de beleza, demonstramos que somos pessoas que primam pela aparência e que somos possuidores de certa vaidade. Até aí tudo bem. Mas, se em contra partida não gastamos nada com uma pessoa em crise, então revelamos que somos insensíveis ao sofrimento humano e portadores de uma boa dosagem de egoísmo. Se as nossas despesas de casal com o lazer são elevadas e quase nada gastamos com os divertimentos das crianças, mostramos que somos um casal de mais curtição entre si, do que com os filhos. O inverso também não é bom. Gastar muito com os filhos e quase nada como casal, tira a beleza e ó equilíbrio da vida a dois.
Como se percebe, uma das maneiras de conhecermos a nós próprios é analisando o que, quanto e com quem gastamos o nosso dinheiro. Também para conhecermos bem uma pessoa, mesmo não convivendo com ela, basta que analisemos como gasta o seu dinheiro. Ai, com certeza, descobriremos um mundo fantástico de valores, filosofia e estilo de vida.
Todavia, esse assunto é de foro muito íntimo. Não podemos analisar facilmente os gastos de uma pessoa. Afinal o dinheiro é dela e ninguém deve julgar o seu uso. Uma coisa, entretanto, podemos fazer. É analisarmos os nossos gastos e meditarmos sobre o porquê e a proporção de cada um. E isso deve ser feito com equilíbrio e muita honestidade. Só assim poderemos tirar lições preciosas para as nossas vidas
Nunca devemos nos esquecer que pelos gastos podemos conhecer uma pessoa, pois eles transmitem o estilo e os princípios da vida de cada um.



José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Um pedido diferente


Chegou o mês de dezembro. Termina mais um ano. O ano anterior está indo embora, com todas as suas frustrações, decepções, cansaços ou mesmo vibrações, alegrias e disposições. Bom para uns, ótimo para outros e péssimo para muitos. O fato é que logo mais, o ano que se finda, já não mais existe. Passará a ser apenas história, recordação. Se alguma coisa durante este ano não deu certo ou grave erro cometemos, não tem como retornar e corrigir. O tempo não volta, é implacavelmente dinâmico. As falhas ou omissões nele ocorridas só podem ser reparadas no próximo tempo. Daí porque a vida é sempre uma oportunidade. Apesar do tempo não voltar, sempre surge um novo tempo.
Assim, o iniciar de um novo ano é sempre uma esperança, pois nele temos uma nova oportunidade para realizarmos aquilo que no ano anterior não conseguimos. O iniciar de um ano é sempre o renascer de uma esperança. Daí porque sempre no limiar do ano novo costumamos ter propósitos novos, ou renovados, e aproveitamos as expectativas para fazer pedidos. Pedidos de proteção à saúde, de oportunidade de novo emprego, de êxito nos empreendimentos, de acertos no relacionamento amoroso, de equilíbrio na vida interior, de realização na vida emocional.
Por outro lado, também nos preocupamos com o destino da sociedade brasileira. Ela precisa  consolidar o seu caminho e isso não é fácil. Acredito que cada um de nós tem sempre o desejo de presentear nosso país com uma vida melhor. É isso que a nova geração aguarda ansiosamente. Antes, nós duvidávamos que isso acontecesse. Tratava-se apenas de um sonho, de uma esperança de que isso viesse acontecer logo. Havia uma oscilação muito grande, uma verdadeira mistura de esperança com descrença, ora prevalecendo um, ora outro.
É justo que aproveitemos o início do novo ano para pensar e repensar sobre nós, sobre os nossos e sobre a sociedade brasileira. E nessa sociedade brasileira estão incluídos não só os problemas nacionais, mas acima de tudo os problemas do nosso bairro, da nossa cidade, do nosso Estado e da nossa Região. Também está incluída em nossa sociedade a preocupação com os países do Sul da América, com os países devedores, com os países da América Latina, com a crise dos países considerados até então inabaláveis, com a instabilidade da da zona do euro e com as transformações e turbulências do mundo Árabe
Toda essa preocupação é correta e muito necessária. Porém, a maior delas deve ser com a nossa própria pessoa. Não no sentido do prevalecimento do ego, mas, no sentido de nos encontrarmos, de nos organizarmos no mundo interior para nos tomarmos saudáveis, fortes e preparados para ajudar outros. Nesse sentido, quando estamos bem, temos condições de ajudar ao próximo. Daí porque a nossa preocupação deve ser com os outros, mas sem esquecer que se não estivermos bem, nada ou quase nada podemos fazer pelos demais. É esse o critério utilizado pela tripulação de uma aeronave, quando fornece orientação a os passageiros, em caso de faltar oxigênio: “coloque a máscara primeiro em você e só depois na criança”. É que, se não estivermos saudáveis, dificilmente podemos socorrer alguém.
Cabe, portanto, agora, no momento em que termina um ano e outro se inicia, fazermos propósitos com relação a todos os ângulos da nossa vida, não se esquecendo de pedir a Deus que nos ajude em todos os momentos, principalmente naqueles que mais vão exigir de nós e  nos  proporcionar um crescimento como pessoa. É crescendo como pessoa que podemos ajudar o nosso próximo e o mundo em que vivemos.
A nossa prece nesse início de ano deve ser diferente das que costumeiramente são feitas. Deve ser direcionada a conseguir um crescimento como pessoa na condição de criatura feita à imagem e semelhança de Deus.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
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