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quinta-feira, 19 de abril de 2012

MEU DIREITO DE SER HETEROSSEXUAL!


        Essa afirmação, aparentemente desnecessária, e até certo ponto deveria ser, vem a propósito das transformações tão velozes que o mundo passa, alterando os usos e costumes de tal modo, que às vezes nos confundimos. Fruto da evolução do pensamento humano, a sociedade amadureceu muito. Isso é bom, bom mesmo. Não podia continuar retrógrada, por isso foi alterando as suas práticas, os seus conceitos, para acompanhar as grandes mudanças sociais, o novo tempo. Como toda mudança, há estranheza sobre o novo, provocando reações, desentendimento e, às vezes, até conflitos. Já escrevi neste blog sobre conflitos e inquietações diante de outros comportamentos sociais. Recentemente, assistimos na mídia a reação pessoal e em grupos, tanto nas ruas, como nos sites de relacionamentos, censurando fortemente a exposição feita por uma emissora de televisão da prática de sexo, ao vivo e em tempo real. Não cabe aqui, neste artigo, entrar no mérito. Mas, uma coisa é certa, a sociedade censurou a cena e clama por limites nas baixarias em alguns programas da televisão brasileira. Houve exagero, isso ficou bem claro. A sociedade reconhece a evolução da liberdade, mas clama por limites. Pois é, do mesmo modo, eu reconheço a importância e a beleza da atividade sexual; do respeito a quem resolveu ter uma vida diferente; da abertura de aceitar a opção sexual feita por quem sentiu a necessidade de assim fazê-lo; do tratamento respeitoso que a lei e os tribunais dispensam às opções sexuais. Tudo isso é muito belo. Por entender e pensar assim, não aceito discriminação dessas pessoas e repudio totalmente qualquer ato de violência contra elas, qualquer que seja a justificativa, pois reflete presença de ódio e rejeição, o que não devemos aceitar, por hipótese nenhuma. Contudo, uma coisa me inquieta. Trata-se do outro lado da moeda. Consiste na forma, subliminar e bem articulada, de supervalorizar quem fez uma opção sexual. Passou a ter status de autenticidade e de coragem, o que não deixa de ser, pois assumiu o que no seu interior clamava, mesmo enfrentando as adversidades de quem discordava. Todavia, os aplausos, o status de um ser superior e, às vezes, até o seu endeusamento, denotam em desconsideração aos que não tiverem necessidade de fazer opção por outra sexualidade, por estarem extremamente satisfeitos com a sua forma de viver. Nós, que optamos em continuar sendo o que somos, não aceitamos ser considerados “subprodutos”. Nós somos também corajosos e autênticos. Temos, também, o nosso valor. Merecemos, também, todo o respeito, consideração e admiração. Não nos inibam de continuar como somos. Não nos constranjam e nem nos diminuam. Somos heterossexuais por natureza e gostamos de ser assim. Que se respeite àqueles que fizeram opção sexual, tudo bem. Mas, pelo amor de Deus, não me tirem o meu prazeroso direito de ser homem heterossexual. Tenho orgulho de ser esse tipo de homem. E sou muito feliz assim. Não tenho nenhuma necessidade de fazer opção sexual. A minha sexualidade está correta e perfeita. Aceito igualdade de tratamento entre os que fizeram opção e os que não tiveram necessidade de fazê-lo. Mas, não aceito superioridade daqueles sobre estes. Se não dermos um basta na tendência e na insinuação mencionadas, já, já estará instalada entre nós a heterofobia.  

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com