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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Carnaval: período de muitos excessos


A Psicóloga e Educadora Luana Andrade abordou muito bem o tema de excessos no carnaval. Seu artigo foi publicado no Jornal do Leitor de O POVO no dia 05/02/2013. Por ser oportuno, compartilho com vocês. Bom proveito.
A origem do Carnaval remonta à Antiguidade, época em que a festa representava uma comemoração por conta das boas colheitas. Os agricultores expressavam sua alegria com a fartura das lavouras através do canto, da dança e, posteriormente, do uso de máscaras. Quando o Carnaval chegou ao Brasil, trazido pelos portugueses, a Igreja Católica já havia incorporado a ideia de que seria bom que os cristãos, em uma atitude de integração e louvor, se reunissem antes da quaresma para se divertirem com muita alegria, canto, dança, comida e bebida, o que ajudou a difundir o costume do festejo. De lá para cá, a comemoração vem se popularizando cada vez mais e hoje é considerada uma das maiores festas populares do nosso país. 
No entanto, se, por um lado, a festa cresceu, seu sentido original praticamente não mais subsiste. Hoje, o Carnaval no Brasil é um período de excessos, sinônimo de baderna, descaso e falta de limites. Estatisticamente falando, é um dos períodos em que o Governo mais gasta com segurança pública; mais disponibiliza ambulâncias para atender aos cidadãos que se excederam na bebida ou foram vítimas de agressões ou de acidentes; mais investe em campanhas educativas referentes à segurança no trânsito, ao consumo de bebidas alcoólicas e ao uso de preservativos, e é também quando se registra um dos maiores índices de gestação entre adolescentes, assim como altíssimos graus de contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. Não só isso, é ainda o feriado em que a polícia rodoviária mais registra acidentes automobilísticos envolvendo vítimas fatais e os hospitais apresentam um aumento súbito no número de atendimentos diários. É quando mais se vende bebida alcoólica durante o ano. É a festa em que mais morre gente no nosso país!
Parece que durante o Carnaval as pessoas vivem como se as regras deixassem de existir e o mundo estivesse prestes a acabar. As normas de boa convivência são solenemente ignoradas, e as vozes em contrário abafadas por paredões de som, ligados a qualquer hora e a todo volume. Essa forma de comemorar está errada. É natural que se queira extravasar e se divertir no feriado, mas até nessas horas devemos ter limites.
A raiz do problema resume-se a uma expressão: falta de respeito. Pela vida, pela saúde, pelo patrimônio alheio. Vamos viver intensamente esse Carnaval, mas de forma responsável e com o pensamento no próximo. 
Luana Andrade
luanaaararipe@gmail.com
Psicóloga, Psicoterapeuta, Psicodramatista, Professional Coach, Especialista em Terapia Familiar, em Psicologia Clínica e em Psicologia Escolar