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terça-feira, 4 de setembro de 2012

Brasil, a independência e o prazer de ensinar.


Quando se aproxima a Semana da Pátria, o nosso coração sempre é invadido de muitos sentimentos. Às vezes são até conflitantes. Ora, vem a certeza de que estamos indo bem e que o nosso futuro será melhor ainda; ora, ficamos inseguros e tememos o que há de vir. Essa oscilação é normal. Afinal, somos ainda muito novos e as conquistas têm sido lentas. Há ainda muito que fazer. E isso nos angustia. Porém, qualquer que seja o sentimento, uma coisa é certa – precisamos avançar. E rápido.
O nosso maior desafio hoje é a educação. Sem ela fica difícil encontrar soluções para os problemas de segurança, saúde, cidadania, crescimento econômico sustentável e da desigualdade social. A escola não vai bem e isso nos incomoda, pois atrasa, e muito, as soluções dos nossos graves problemas. Ainda bem que o assunto está na pauta do dia de todas as famílias e de toda a sociedade. Isso é muito bom.
Todavia, se o desejo de educar não vier acoplado às práticas do dia a dia, os resultados permanecerão lentos. Daí a necessidade de incluirmos em nossa rotina, em cada momento, práticas educativas, diuturna e incansavelmente. Nos mínimos detalhes. Até que alcancemos coletivamente a plenitude do saber.
Da mesma forma que o sentimento de independência nos impulsionou a grandes conquistas, o prazer de ensinar precisa invadir o nosso coração para chegarmos a ser um povo verdadeiramente educado. O ensinar tem que se tornar algo rotineiro e prazeroso em nosso proceder diário. Ensinar a comer, a dormir, a se levantar, a andar, a sorrir, a ser útil, a ser feliz, a economizar, a ler, a estudar, a pensar, a abrir e fechar a porta do carro, a atravessar uma rua, a arrumar uma mala, o quarto, a cama, a dormir, a escovar os dentes, a tomar banho, em tudo isso há um segredo e uma forma de realizar da melhor forma possível.
Certa vez, um adolescente ajudava o pai na loja de tintas. Lá vendia solvente por litro e era retirado de um tambor grande, através de uma pequena torneira. Ele foi encher uma garrafa, mas não deu para completar. Precisava saber se ainda havia solvente e teve a iniciativa de iluminar dentro do tambor com um palito de fósforo. Quando ele fez o gesto de acender o fósforo, o cliente gritou “não faça isso, ele vai explodir e inutilizar o seu rosto”. Essa pessoa informou que solvente era altamente explosivo e ensinou o adolescente a levantar a parte final do tambor e o restante que tivesse sairia.
Admiro muito quem fica o tempo todo atento ao que acontece ao seu redor e não perde a oportunidade para ensinar algo a alguém, quem quer que seja. Esse prazer em ensinar deve contagiar e estar presente no sentimento de cada brasileiro, até se tornar uma mania nacional. Essa é a melhor forma de garantir a independência e nos tornarmos um povo sempre feliz.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com