Já
houve tempo que os pais estipulavam 15 anos para as
meninas e 18 para os meninos, embora o controle maior fosse com relação às
meninas. Algumas obedeciam, mas para
outras, o jeito era namorar escondido. Hoje, ainda há recomendação, porém sem
muito rigor. Mas, realmente há ou não a idade ideal para emplacar o primeiro
namoro? Se há, baseado em que ela foi a escolhida?
Por
força da enorme variedade de tipos de pessoas, acredito que nenhuma
idade pode ser eleita. Existe, sim, a idade ideal para cada pessoa, mas não uma
única para todo mundo. Seria o mesmo que impor o manequim 42 para todos. Para
uns ia ficar apertado ou folgado; para outros, o tamanho ideal.
Analisemos as situações a seguir: a) uma menina
no início de sua adolescência é feliz em ter amigas, mas não tem nenhum
interesse em namorar; b) um menino gosta de estar só ou com certos amigos, mas
não passa por sua cabeça namorar tão cedo; c) um menino, em pleno Infantil III,
gosta dos amigos, mas tem uma paixão pelas amigas e já escolhe uma para dizer
que é a sua namorada; d) uma menina, ainda na 2ª. serie, já sonha com o seu
príncipe e demonstra uma grande dosagem de romantismo. Como determinar a idade x ou y para todos eles começarem a namorar?
Como se percebe, idade não é o mais importante.
Importante mesmo é apresentar aos nossos filhos ou alunos, princípios e orientações sobre o
namoro. Tais ensinamentos serão os guias, o norte de toda a relação amorosa e servirão
para a vida inteira.
Idade
certa não vem ao caso, pois ela depende da maneira de ser de cada
um. Isso não significa falta de limites. Significa apenas o respeito às
diferenças individuais. Uns podem começar mais cedo, outros mais tarde. Não
devemos nos angustiar com isso. Trata-se do tempo de cada um. Descobrir esse
tempo é uma boa tarefa e um grande desafio para ser tratado em conjunto, pais e
filhos ou orientadora e alunos. Tudo numa boa. Sem estresse, sem pressão.
Naturalmente chegaremos a uma sábia conclusão.
Criticas
ou incentivos para demorar ou apressar o namoro, via de
regra, não funcionam bem. Precisa-se ter muito cuidado quando tiver de entrar
nessa área. Às vezes é necessário. A situação justifica. Mas, em todo caso, só com
muito respeito às particularidades de cada um. Ai sim, as possibilidades de
acertos são bem maiores.
Famílias e escolas devem trabalhar bem, preferencialmente em conjunto, a
questão do namoro. Essa fase é rica em aprendizagem. É nela que ocorre a
verdadeira preparação para a futura relação conjugal. Apesar da delicadeza do
assunto, é muito prazeroso orientar os filhos ou os alunos que cuidamos sobre a
beleza da vida amorosa. Feliz dia dos
Namorados.
José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com