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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

As escolas e as múltiplas faces das reuniões de pais

Resolvi fazer uma retrospectiva, uma verdadeira viagem no túnel do tempo, para identificar as mudanças ocorridas nas reuniões de pais e mestres, promovidas tradicionalmente pelas escolas. A conclusão foi maravilhosa. Descobri que existem pontos comuns entre o ontem e o hoje, e ao mesmo tempo, identifiquei profundas diferenças nas diversas maneiras de acontecer. Eis um resumo do que constatei.
A necessidade de reunir escola e família para tratar de assuntos educacionais comuns foi constatada em todos os momentos. Desde os anos sessenta, período inicial da retrospectiva, até os dias de hoje, sempre aconteceu tais encontros. Nos últimos anos chegou a ser considerado indispensável para a elaboração e execução da proposta pedagógica de cada escola. Resistiu até mesmo o corre-corre da vida moderna. Forte demonstração de que juntos, escola e família, se sentem melhores.
Em algumas escolas a freqüência é quase sempre animadora, enquanto noutras o resultado é tão desestimulante que logo é cogitado se vale a pena continuar promovendo tais encontros. A boa freqüência é constatada mais no interior e na periferia da capital, enquanto nas escolas de bairros com melhor poder aquisitivo a freqüência é proporcionalmente bem menor.
Inicialmente a presença era predominantemente das mães. Com o passar do tempo, os pais foram se aproximando e hoje há equilíbrio de freqüência entre pais e mães. Isso denota que as mães foram assumindo a responsabilidade também de provedora e os pais foram assumindo a responsabilidade de também cuidarem dos filhos.  Essa é a parte mais linda e significativa de tudo que foi constatado.
Na maioria das escolas, o tempo, a pauta e a metodologia adotada deixam muito a desejar. Essa foi a parte mais triste das constatações. Não estão em sintonia com os interesses e ansiedades dos pais; não estão atentas as mudanças do mundo moderno; desconsideram a objetividade no trato dos assuntos; ignoram a distribuição do tempo; os assuntos gerais são mais destaques elogiosos a atuação da escola, advertências aos pais omissos e criticas ao mundo de hoje; os assuntos específicos sobre como está a turma do seu filho, nem sempre é dedicado o tempo necessário.

Muitas outras observações podiam ser feitas, mas as que foram ditas são suficientes para demonstrar que o assunto necessita ser revisto e repensado. Por ser um tema de alta importância para a educação, o melhor presente que a escola poderia dar aos pais nesse mês de agosto seria iniciar um processo de modernização das reuniões de pais e mestres.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com