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quarta-feira, 3 de abril de 2013

HISTÓRIA INFANTIL – A PRÓPRIA CRIANÇA SENDO AUTORA.


Li recentemente uma matéria com o escritor espanhol Gonzalo Moure, produzida pela Jornalista Aryane Cararo, sobre literatura infantil, publicada no Jornal O Estado de São Paulo, em 07/03/2013, com o seguinte título `Há razões para ignorar a literatura infantil`. No texto, uma contundente crítica – os autores brasileiros não avançaram. Diferentemente, segundo o entrevistado, os autores americanos e europeus inovaram, evoluíram, por isso avançaram.
 A fundamentação da crítica era que os textos, as histórias na literatura infantil brasileira eram escritas para a criança, mas com forte viés em quando se tornar adulta. Não visava a criança pela criança, mas a criança adultinha, projeto de adulto.
Com essa preocupação, a criança deixava de ser o objetivo maior. A preocupação era formar adultos. Ele desafiava – percam o medo e tenham a coragem de escrever para a criança hoje e não para o adulto de amanhã.
Refletindo sobre essa crítica, veio-me uma idéia e passo para os leitores. Que tal utilizar a própria criança para escrever as suas histórias? Nas idades entre 5 e 8 anos, a criança gosta de ouvir e é fértil em criar histórias..Elas interagem com quem está contando. Completam a narração, inventam detalhes e chegam a desviar para outra idéia. Isso ocorre entre as series do Infantil V até a segunda do Fundamental. Em meio a essas idades, em muitas escolas, é feito o lançamento de um livro contendo os textos da própria criança. Trata-se do primeiro livro escrito por ela. Os pais adoram. Os educadores vibram demais. Esse evento emociona. Trata-se de uma linda solenidade, fortemente cultural e afetiva.
Os educadores bem que poderiam aproveitar esse tradicional evento para incluir em seus livros histórias criadas e contadas por elas mesmas. Pode ser em texto ou contada por elas e a professora transcrevia. Depois, selecionava as melhores histórias e seriam publicadas em um livro de histórias infantis contadas pelas próprias crianças. A vantagem é que as histórias seriam de crianças para crianças, sem preocupação de formá-las adulto.
A outra vantagem é que seria um grande laboratório para captar as histórias infantis que realmente sejam de interesse das crianças. Os escritores brasileiros teriam um grande acervo sobre o que as crianças pensam e gostam. E mais ainda, estaríamos descobrindo e aperfeiçoando grandes talentos, exímios escritores.
Quem se habilita? Estamos no início do ano letivo. Dá tempo planejar para lançar nas festas de fim de ano. No próximo dia 18 de Abril teremos grandes debates, exposições  e comemorações em face do 18 DE ABRIL SER O DIA NACIONAL DA LITERATURA INFANTIL. Ótima data para lançar o projeto.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com  

Livro Infantil é um mundo de fantasias em cada página

Achei simplesmente magnífico o texto abaixo, escrito por Marcelo Brandão - Agência Brasil - 02/04/2013 - Brasília, DF sobre a literatura infantil. É gostoso de ler. Pode curtir.
Era uma vez... É assim que tudo começa. São três palavras simples, mas quando estão juntas abrem as portas para um mundo novo, imprevisível. O primeiro “era uma vez” de uma criança normalmente é seguido de outros tantos. É uma viagem sem volta. E realmente desse mundo fantástico ninguém quer voltar.
O contato com livros infantis não tem idade mínima nem contraindicação. Estimula a criatividade e mostra um infinito de possibilidades, não só na imaginação. “Os livros de hoje incluem textura, relevo e o livro trabalha essa questão sensorial. Hoje, as crianças têm muito mais oportunidades de serem estimuladas. Em um livro você trabalha visão, tato e noção de profundidade em crianças muito pequenas”, explica o neuropediatra Christian Müller.
Mas o livro não é apenas para crianças que já sabem ler. Essa relação pode começar muito antes, com benefícios que vão muito além da história. “A construção de interpretação textual, utilizada na escola, começa na imaginação. E a imaginação é despertada com os livros que os pais leem para suas crianças. Importante também é o vínculo, que é estreitado quando os pais leem histórias para seus filhos ”, diz Müller.
Hoje (2), se comemora o Dia internacional do Livro Infantil, para lembrar que, há 208 anos, nasceu o dinamarquês Hans Christian Andersen. Muitos não conhecem esse nome, mas certamente não se esquecem de suas obras: O Patinho Feio, O Soldadinho de Chumbo, A Pequena Sereia e A Polegarzinha. A origem humilde do escritor não impediu que criasse histórias que encantaram gerações por todo o mundo. Na verdade, o contato com diferentes níveis sociais o ajudou a construir o contraste percebido em várias de suas narrativas.
O Brasil também tem seu “Hans Andersen”: José Bento Renato Monteiro Lobato. O dia de seu nascimento, 18 de abril, foi adotado no país como o Dia Nacional do Livro Infantil. Grande parte das histórias infantis de Monteiro Lobato é ambientada no Sítio do Picapau Amarelo. O sítio transporta o leitor para um Brasil rural, simples e inocente. Seus personagens, muitos deles crianças como os próprios leitores, estimulam a fantasia e a imaginação em suas aventuras. “De escrever para marmanjos já estou enjoado. Bichos sem graça. Mas para crianças um livro é todo um mundo”, teria dito o escritor.
Nós adultos, tão aborrecidos e anestesiados pelos afazeres que desabam sobre nossas costas, muitas vezes esquecemos da época em que fomos piratas dos sete mares, vivíamos em reinos encantados e conversávamos com astutos animais. Pobre é a criança que tem pressa de crescer, porque muitos adultos dariam fortunas para ser como ela por um dia que fosse.