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O objetivo principal deste blog é edificar vidas.

Os artigos e informações aqui contidas visam tão somente tornar as pessoas mais conscientes de si; seguras na busca do entendimento sobre o mundo, os fatos, as pessoas; acreditem mais na construção de um mundo melhor e na beleza da criatura humana. Bom proveito !

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domingo, 20 de outubro de 2013

A voz da consciência

Esse tema sempre me fascinou. Gosto muito de procurar entender o meu interior. Nessa caminhada sempre chego a conclusões maravilhosas. Quando li o artigo abaixo, fiquei encantado. Apressei-me em repassar para os amigos. Foi publicado no Jornal O Povo de hoje, dia 20/10/2013, na página 28, muito bem escrito por Edilson Santana, Promotor de Justiça. Curta bem. Servirá de uma bela reflexão.

            Inspirando-se em Platão, no livro dois de A República, conta-se que Herbert pôs o anel de Giges no dedo e foi imediatamente surpreendido pelo que viu: nada. Tornou-se invisível. Tendo acostumado-se a ocultabilidade, começou a questionar o que deveria fazer. Logo veio a ideia de entrar em vestiários de mulheres, cometer pequenos furtos, desatinos, induzir pessoas ao erro e à infelicidade. Porém, pretendia resistir a tais impulsos, tentando imaginar o que faria de bom. No entanto, era mais tentador praticar o mal. Nesse estado, perguntava-se quanto tempo conseguiria resistir a tirar vantagens de sua invisibilidade. A qualquer momento poderia falhar. Um instante de fraqueza e lá estaria ele praticando atos imorais, espiando mulheres peladas, roubando etc. Quem, no caso dele, teria forças para resistir?
Aduz a história que a moral é constituída de proibições feitas a si mesmo, independentemente de qualquer recompensa ou sanção. Com efeito, a ocultação não autoriza ninguém a exercer a vingança, debochar dos mais fracos, praticar atos obscenos ou libidinosos, caluniar, torturar e até assassinar. A imperceptibilidade não isenta da culpa. O homem está obrigado a submeter-se às regras de moralidade universalmente válidas e exigíveis, respeitando a humanidade em si e no outro.
A lei moral é a que o indivíduo prescreve a si mesmo de forma livre e autônoma e a cumpre voluntariamente, mesmo estando sozinho. O anel de Giges é o meio através do qual se faz um teste de firmeza moral e, geralmente, revela que o ser humano, dada à sua própria condição, é corruptível. O anel desvenda a estrutura interior, revela a pessoa em sua essência, desprovida de hipocrisia. É provável que nem todos sairiam por aí cometendo atos ilícitos. Não se tornariam profissionais do crime, mas, certamente alguns direitos seriam violados.
Que resposta viria se fosse perguntado às pessoas como os outros e elas mesmas comportar-se-iam com o anel? A maior parte transformaria os semelhantes em monstros e, a si, em almas bondosas e íntegras. Isso, e somente isso, já seria grave falta de moralidade.

A moral, enfim, é “a voz imortal da consciência”, constituída por normas que as gerações milenares acumularam, retiveram, selecionaram e valorizaram. Qual a razão dessas normas? A sobrevivência e o desenvolvimento humano, os supremos interesses da sociedade e a preponderância do amor sobre a vingança, consoante ensinamento de Jesus. Eis aí em que se fundamenta a necessidade da verdadeira ética. Quem dela poderia prescindir?                               

Edilson Santana 

sábado, 5 de outubro de 2013

UM BELO EXEMPLO A SER SEGUIDO.

ESTUDANTES TREINADOS POR PROFESSORES MEDIAM CONFLITOS EM ESCOLA PÚBLICA DE SP
Uma escola estadual de São Paulo recrutou os próprios alunos para resolver os conflitos entre os colegas. Essa medida também ajuda a prevenir a violência.
O resultado foi a redução do número de alunos que iam parar na famosa diretoria. E os alunos também passaram a se envolver mais com o dia a dia da escola. Esse é um bom exemplo que vai ser apresentado em um congresso que reúne milhares de professores e educadores preocupados em melhorar a escola pública.
Líderes na brincadeira e também quando o assunto é sério. São um grupo de estudantes treinado por professores para mediar conflitos na base do diálogo.
“Vocês vão mostrar os direitos e os deveres em cima disso aqui, que é super didático e bem fácil de a criança aprender”, diz uma professora.
“Tem que ser pessoa que está a fim de ajudar, que está a fim de ser voluntário na escola para fazer parte do projeto. Tanto que a única exigência deles é escrever, porque eles querem ser mediadores”, explica Maria Aparecida Borga, professora mediadora.
A atuação dos alunos mediadores ajudou a resolver com mais rapidez os problemas de indisciplina na escola. De cada dez casos que chegam até eles, só dois vão parar na diretoria. O restante é solucionado no pátio ou nos corredores com uma boa conversa.
Foi assim que Mateus e Jéssica, de 16 anos, conseguiram esfriar a cabeça das amigas Geisanne e Vitória, de 14.
Com alguns conselhos, a dupla mais velha ajudou as meninas a fazer as pazes. “A amizade era maior do que o problema e a gente pôde ver que depois de quatro dias elas voltaram a se falar quando a gente mostrou os dois lados. Elas pensaram e voltaram a se falar. Isso me deixou muito feliz”, diz Jéssica da Silva, 16 anos.
O projeto pioneiro, iniciativa de uma professora que foi recrutada para resolver conflitos entre alunos no ambiente escolar. O programa conhecido como Professor Mediador é destaque em um seminário, que reúne dois mil professores do estado de São Paulo. O projeto de prevenção à violência já está presente em quase 2.500 escolas paulistas.
As discussões interessam a milhões de estudantes que sofrem algum tipo de violência. Mesmo a mais leve. Maria Luiza sofreu o chamado `bullying` de colegas meninos só porque gosta de jogar futebol. Tudo foi resolvido com a mediação de alunas mais velhas. “Depois daquele dia foi tudo normal, os meninos não ficavam mais me ofendendo, eles até me chamavam para brincar”, conta Maria Luiza.

RODRIGO BOCARDI - BOM DIA BRASIL - G1 GLOBO.COM - 02/10/2013 - RIO DE JANEIRO, RJ