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quinta-feira, 31 de maio de 2012

GENTILEZAS PARA SE APAIXONAR PELO LUGAR ONDE VIVE


Ao ler o Jornal O Povo de hoje, 31.05.2012, deparei-me com uma matéria que me chamou a atenção e me encantou. O objetivo dessa matéria é destacar práticas que ajudem a tornar Fortaleza uma cidade melhor de se conviver. Foi produzida pela Jornalista Ana Mary C. Cavalcante. A minha intenção em reproduzir a matéria neste blog é incentivar você a se engajar nessas práticas. Lendo, você entenderá melhor a beleza da iniciativa. Bom proveito.


Para se apaixonar pelo lugar onde vive
O grupo Consciência Limpa, que reúne voluntários pelo Facebook, fez um acordo com a natureza: todos limpam a praia, e ela continua viva por muitas e muitas gerações

Para os moços, ou melhor, para aqueles que acreditam, mudar o mundo é mais simples do que se imagina. Basta um dia domingo, um saco plástico, luvas e – principalmente - ação. E não importa o quão enorme o mundo seja, pode-se mudá-lo aos poucos, pelas beiradas. Assim provam os voluntários do grupo Consciência Limpa, mês a mês.

O grupo arregimenta voluntários pelo Facebook e vai além do virtual ao se dispor a limpar praias e parques de Fortaleza. As mãos que catam a sujeira jogada no caminho ofertam delicadeza à metrópole – quase sempre maltratada. A ideia forma consciências há dois meses e, até o fechamento desta matéria, contava 274 membros na rede social.

A turma do Consciência Limpa iniciou a ação em abril passado, com a limpeza do trecho de areia entre o Náutico Atlético Cearense e a estátua de Iracema. No último dia 6, os voluntários aportaram entre as barracas da Praia do Futuro. E assim vão, também pelos parques da cidade, na manhã do primeiro domingo de cada mês.

O idealizador do grupo quer alcançar, ainda este ano, o Parque do Cocó e a praia da Leste-Oeste. Além de uma vaga na universidade. Sim, o coordenador do Consciência Limpa é bem jovem (tem 17 anos) e garante que concilia os estudos, o trabalho como modelo e o cuidado com o mundo. “Só precisa ter vontade”, afirma Lucas Moreira Victor que, desde os 13 anos, tem uma segunda identidade: a de protetor dos animais, reconhecida pela União Internacional Protetora dos Animais (Uipa).

Esse “gene” ambientalista se desgarrou da hereditariedade, não tem nada a ver com exemplos de pais alternativos. “Eu acordei, de uma hora pra outra, e disse: ‘Vamos ser útil, né?’”, contrapõe Lucas.

Ele “pescou” a iniciativa de projetos como o Praia Limpa, desenvolvido no Rio de Janeiro, e postou no Facebook. Muitos curtiram: inclusive, um senhor de 60 anos, duas senhoras que aproveitavam o domingo de praia e se juntaram ao mutirão, os surfistas, um rapaz da Bélgica... “Divulgo na internet e vai quem quer”, convida.

A ação tem a ver com todos. “Nosso objetivo principal não é só limpar a praia, é a conscientização. E nossa maneira de conscientizar é agir”, costura Lucas. “Acredito muito nas pessoas. E o que tem que mudar é a consciência”, completa o estudante.

Nesse sentido, o grupo direciona o alvo para as novas gerações. “O jovem é um formador de opinião e faz as grandes revoluções da sociedade”, defende João Pedro Gurgel, 18, estudante de Engenharia de Energias e Meio Ambiente na Universidade Federal do Ceará. João entrou para a turma do Consciência Limpa pelo Facebook, justamente, porque “parte de uma atitude jovem, de pessoas que têm compromissos”.

Além disso, soma João, “o movimento é muito bacana porque você conhece gente de diversas áreas. E a gente pode ter várias visões do assunto meio ambiente”. A cidade também vai se mostrando diferente, pela união de cada um. “Praia é um contato muito legal com a natureza. Que esse ambiente seja conservado e que meus filhos tenham a oportunidade de conhecer a Fortaleza bonita”, projeta João Pedro.

É nesse ponto que a ação quer chegar. Em um futuro mais próximo e mais pleno, onde – como reinventa a canção – “areja um vento bom”. Para João Pedro, que considera Fortaleza ainda charmosa, “a gente pode melhorar muita coisa e se apaixonar mais pelo local onde vive... E é como diz aquela frase: ‘Meu trabalho é uma gota no oceano, mas, sem ele, o oceano seria menor’”.

A delicadeza, por si, aproxima. “Saber que contribuiu para a sociedade e para a qualidade de vida das pessoas é muito gratificante. Isso até serve para a pessoa se sentir mais próxima do lugar”, conclui o universitário.