Boas vindas

O objetivo principal deste blog é edificar vidas.

Os artigos e informações aqui contidas visam tão somente tornar as pessoas mais conscientes de si; seguras na busca do entendimento sobre o mundo, os fatos, as pessoas; acreditem mais na construção de um mundo melhor e na beleza da criatura humana. Bom proveito !

Google Translator

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Natal que nunca tivemos


O natal no seu aspecto religioso é universal. Quase todos os povos comemoram. É indiscutível o seu maior sentido: o de comemorar o nascimento de Cristo, o Salvador dos homens. Devia ser visto sempre pelo aspecto religioso, por ser o mais sublime e, acima de tudo, divino. Porém, os homens deram vários sentidos ao evento, chegando até mesmo a fugir do seu significado original. Acredito que boa parte dos cristãos comemora o Natal sem atentar para o seu verdadeiro sentido.
                  Fugindo do seu aspecto religioso, o Natal tem sido comemorado com festa e troca de presentes. E, nesse particular, ele deixou de ser de todos para ser de alguns, negando a universalidade da dádiva divina e particularizando o Natal. É, assim, bom para alguns e péssimo para outros.
Estamos no rol daqueles para quem o Natal sempre foi bom. Nunca nos faltaram presentes, muita comida, roupa nova e a presença dos amigos e familiares. Nada temos a reclamar do Natal, principalmente no seu aspecto festivo. Sempre comemoramos com fartura o nascimento de Jesus Cristo, embora nem sempre no seu verdadeiro sentido. Podemos dizer que por ambos os aspectos do Natal nada temos a lamentar.
Porém, nesse momento seria bom imaginarmos o natal que nunca tivemos, mas que acontece, repetidas vezes, na vida de muitas pessoas. Trata-se do natal com fome, doença, pobreza, enquanto que num verdadeiro contraste os outdoors, jornais, revistas, rádio, televisão e internet retratam um natal farto. E essa diferença de nível do natal torna ainda maior a desarmonia e agrava ainda mais o problema de quem não pode comemorá-lo dignamente. Torna-se, atécerto ponto, um verdadeiro assédio moral, um bulling, em pleno Natal. Assim, com a permissão de todos e em meio a tanta fartura, devemos parar um pouco, homenagear aqueles que nada têm, e reconhecer que, apesar de também termos os nossos problemas e dificuldades, é importante que agora as esqueçamos. É momento de nos lembrarmos daqueles que passam necessidades, ao ponto de não terem alegria, presentes, fartura, nem mesmo no Natal, e ainda são obrigados a assistirem calados os apelos natalinos.
Nunca tivemos fome por falta de comida e nunca deixamos de ser lembrados do natal. Não sabemos o que é a dor da fome e nem o desgosto de nunca sermos lembrados no Natal. Nunca tivemos um natal sem presente, sem comida e sem amigos. Esse é o natal que nunca tivemos. E para sermos sinceros, nunca gostaríamos de ter. A única coisa que almejamos é que no natal e durante todos os dias do ano, nunca nos esqueçamos daqueles que têm um natal que nunca tivemos. E que Deus nos dê força e visão suficientes para fazermos algo por aqueles que têm tanta privação e dificuldade.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

2 comentários:

  1. Muito bom poder fazer reflexões, suas ideias se alinham às minhas, ampliando minha visão. Estou repassando o link aos meus contatos. Esperem que todos gostem, como eu.

    ResponderExcluir
  2. Prof. José Milton,boa-tarde!
    Além de se conhecer uma pessoa ,através de seus escritos,contamos tb com os olhos dos que leem os escritos,que por conta de suas experiências,interpretam os escritos de acordo com seus sentimentos.
    Gostei de seus artigos e seu blog foi-me indicado por Neurisneme,que adolescente,foi minha aluna em são Caetano do Sul-SP.
    Continuarei acessando seu blog.Parabéns pelas crônicas.
    Abç
    Sandra M. Castro-Ribeirão Preto-SP

    ResponderExcluir