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segunda-feira, 26 de março de 2012

Compreendendo a Fragilidade Humana


Analisando a conduta do ser humano, inclusive a minha própria, fico impressionado como somos submissos às inclinações do corpo e facilmente cedemos aos desejos por ele sugeridos. Como educador, deparo-me muito com pessoas que passam por problemas dos mais variados. Quase sempre, a origem deles é a prevalência dos instintos humanos sobre os nossos valores morais e éticos. Rapidamente se joga fora lindos projetos de vida por um momento de prazer. Essa é a face da fragilidade humana!
Vejo também que o problema não é novo. Na Bíblia encontramos a história de Ezaú, o irmão de Jacó, que não resistiu à fome e trocou a sua primogenitura por um cheiroso bife que seu irmão Jacó estava preparando. Davi, o valente guerreiro, não resistiu o desejo sexual quando viu a mulher do soldado Urias tomando banho.
A solução para este tipo de problema também não é nova. Trata-se do exercício do controle da vontade. É a prática do domínio próprio. O povo oriental se utilizou muito dessa estratégia, inclusive ingerindo ervas, mesmo sendo amargas, como forma de controlar o prazer. A Bíblia é rica em recomendações sobre o freio, o controle e, principalmente, a educação do desejo. Esse é o caminho para superar a fragilidade humana e nos tornarmos pessoa forte, segura e valorosa.
A dicotomia existente entre o desejo da carne e a vontade do espírito, até certo ponto, é natural. Todos nós estamos sujeitos a esse conflito. Afinal, somos constituídos de corpo e espírito, isto é, vivemos com um corpo que é temporal e, ao mesmo tempo, com o espírito que é eterno. Administrar, pois, a influência de cada um sobre o nosso modo de viver exige reflexão, cuidado, disciplina e dedicação. Esse é um dos maiores desafios para a criatura humana que deseja ter um padrão elevado de conduta e busca construir uma sociedade mais humana e um mundo melhor. Sabemos não ser fácil, mas com preparo se torna menos difícil. Isso explica porque oscilamos em nossa caminhada. Ora somos “bárbaros” e, às vezes, “romanos”; ora “selvagens” e, às vezes, “cidadãos”; ora plebeus e ora nobres; ora “brutos” e ora “finos”.
É visível, nos dias atuais, a maioria pensar, predominantemente, no sexo e em prazeres rápidos e fáceis. Estes, via de regra, prejudicam sobremaneira o bom relacionamento e até o próprio corpo. O que tem levado as pessoas a agirem assim, além da inclinação natural do próprio corpo, são os novos valores, conceitos de vida e o livre arbítrio. Com base nessa maneira de pensar, as pessoas buscam a liberdade plena, onde tudo é natural, não devendo, por isso mesmo, ser censurado ou reprimido. É um constante viver em busca do “prazer”, como se o autêntico prazer estivesse nessa liberdade.  
Mas, por outro lado sinto, também, que  há uma quantidade enorme, e crescente, de pessoas que buscam, com muita sinceridade, uma vida mais respeitosa e digna. Existem ainda, graças a Deus, muitos que, mesmo reconhecendo as dificuldades, alimentam o desejo de levar a sério sua vida espiritual. Quando se deparam com os fortes apelos da carne, procuram utilizar o domínio próprio,e optam pela conduta mais inclinada para a seriedade, primando assim pelos valores mais elevados.
A verdade é que, ao longo da minha existência, aprendi muito a entender que essa luta interior realmente existe. Como resultante dessa aprendizagem, entendi porque ora estive fraco e ora mantive-me forte. Aprendi também a entender e estar junto daqueles que ainda têm grandes dificuldades de controlar seus desejos. Entendo que eu ou você e toda pessoa que já atingiu certo amadurecimento espiritual, por ter passado (embora ainda passe) por fortes apelos de prazeres momentâneos, mas, mesmo assim, conseguiu sair-se bem, adquirindo assim uma boa dosagem de domínio próprio, deve dedicar-se a orientar e ajudar aos que ainda têm dificuldade de resistirem esses apelos. Todo esforço nesse sentido é muito válido e pode ajudar as pessoas a encontrarem o caminho que conduz à felicidade verdadeira. Caminho este que não é constituído apenas de desejos sexuais e prazeres momentâneos, dos quais estão incluídos, além de outros, sexo, bebida, droga e até estilo alimentar, mas também, e muito, de prazer, sensualidade e de amor mas em escala bem mais alta, que inclui respeito, responsabilidade e compromisso, consigo próprio, com a vida, com o outro e com Deus .
Todavia, é necessária que aquele assim se dispõe, saiba que a sua participação deve ser bem feita. Precisa ser com a autoridade de quem já adquiriu experiência, com a humildade de quem permeia pela sabedoria e com a alegria de quem é feliz. Portanto, sem a arrogância de quem acha que pode ensinar o mundo a viver e pensa que detém a sabedoria. Com esses cuidados, ai sim, podemos tentar passar para essas pessoas, um pouco da nossa experiência e daquilo que aprendemos sobre os verdadeiros valores da vida. Digamos isso para as pessoas de nossa convivência, para aquelas que amamos e para quem Deus colocar em nossa frente. Elas precisam ouvir mais sobre a vida plena, sobre o verdadeiro amor.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

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