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segunda-feira, 25 de março de 2013

”HÁ RAZÕES PARA IGNORAR A LITERATURA INFANTIL”





Transcrevo, na íntegra, importante matéria sobre a Literatura Infantil, por conter a opinião de quem se especializou no assunto e por ser oportuna, vez que estamos prestes a comemorar o Dia Nacional da Literatura Infantil, 18 de Abril. Bom proveito.




EDITORIAIS 

`Há razões para ignorar a literatura infantil`, diz escritor espanhol 

ARYANE CARARO - O ESTADO DE SÃO PAULO - 07/03/2013 - SÃO PAULO, SP 

BOGOTÁ - A literatura infantil é uma literatura de segunda classe? A pergunta por
si só já soa polêmica, mas a resposta do escritor espanhol Gonzalo Moure pôs fogo
nesta discussão nesta quinta-feira, 7, durante o 2.º Congresso Iberoamericano de
Língua e Literatura Infantojuvenil (Cilelij), realizado pela Fundação SM na Colômbia
até sábado,
9. “Há, de fato, razões para ignorá-la ou marginalizá-la. Eles têm razão para não nos
enxergar, pelas nossas próprias limitações. Somos como pássaros dentro de gaiolas.”
E as grades são a concepção de que um livro infantil tem de servir para educar, para
formar, para prevenir. Elas fizeram com que a literatura infantojuvenil, segundo
ele, não progredisse nos últimos dez anos. 

Para Moure, há dois tipos de escritores hoje: os que escrevem com mais vontade de
ensinar e os que querem fazer literatura. Ainda assim, entre esses dois há muita
intenção moralizante, quando não função pedagógica. O que está acontecendo,
segundo o escritor, é que não há uma preocupação em formar “pessoinhas”, mas,
sim, de formá-las à nossa maneira. E, assim, “não estamos sendo sinceros com elas”,
defende Moure. 

“Na vida cotidiana, poucas vezes somos capazes de nos dirigir às crianças de forma
horizontal sem tentar ensinar. A literatura infantil não é infantil nunca e a juvenil
poucas vezes é juvenil. São os adultos, possuidores de valores humanos e
humanísticos firmes, que escrevem para eles e este “para” é o pecado original
da literatura infantojuvenil.” Isso se reflete em obras literárias de cunho pedagógico,
com livros destinados à prevenção e que não abordam assuntos considerados tabus,
como sexo e religião. 

“O editor, disfarçadamente ou conscientemente, publica livros que tenham essa
qualidade. E o escritor se submete a essa exigência.” É isso o que faz com
que a literatura infantojuvenil seja vista ou classificada como um subgênero
literário, explica ele. Segundo Moure, o mundo é ainda muito polarizado nos
livros para crianças e jovens, o bem versus o mal está sempre presente nesse
tipo de escrita. “Se ela não se desprender do maniqueísmo imperante,
será sempre um subgênero.” 

Outro problema apontado por ele é que, nas últimas três décadas, houve
e ainda há uma tendência realista predominante na literatura infantojuvenil.
“Isso não tem de ser a única oferta para as crianças. Sinto que nós,
escritores, estamos estancados. Não progredimos na última década.” Para ele,
os textos literários ficaram todos muito iguais, na forma de abordagem
e nos assuntos. “Precisamos de algum ponto de ruptura”, continua. E este
ponto passa, segundo ele, pela entrada de novos autores no circuito editorial.
“Quero ver vozes novas que não repetem o que já foi escrito, o que minha
geração já fez. Quero encontrar algo que me surpreenda, que escandalize.
E isso não tem nada a ver com sexo.” 

O que seria, então, a verdadeira literatura? “A verdadeira literatura não
responde a nada nem a ninguém. Ela recria o mundo sem se importar
se o resultado final é correto ou incorreto.” Moure deixa claro que não há
receitas ou fórmulas, apenas acredita que a literatura infantojuvenil não
deva ter nenhuma obrigação, como qualquer outro gênero literário.
Ela tem de ter apenas qualidade e liberdade. Ele diz, por exemplo,
que não pede nada da literatura, só que ela o agrade, que o emocione.
“Devemos ensinar a perguntar e não ensinar o que já sabemos. A revolução
na educação e na literatura vai se dar por aí.” 

* A jornalista viajou a convite de Edições SM Brasil

REPRODUZINDO BOAS IDÉIAS.

Para conhecimento dos amigos, a forma como o artigo sobre A Vida em Condomínio (clique no título ao lado para abrir o artigo original) foi utilizada pelo Síndico de um Condomínio classe A de Fortaleza, com moradores de expressão e formadores de opinião, dentre eles o Prefeito Roberto Cláudio.

A minha alegria não está neles, mas na atitude do Síndico, pois a minha intenção, ao escrever, foi contribuir para melhorar a educação do cidadão e mostrar que o condomínio é um grande laboratório para essa aprendizagem.

Essa atitude cidadã do Síndico do Condomínio Spazio Maranello merece reconhecimento, por ser um agente multiplicador de boas idéias.