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terça-feira, 25 de setembro de 2012

A liberdade na Internet


O avanço tecnológico é algo maravilhoso e de extrema necessidade. Mas, o uso indevido, tem trazido sérios prejuízos para a humanidade. Nem sempre o progresso na tecnologia corresponde à melhoria do bem estar do ser humano. Isso é muito preocupante, pois transforma aquilo que seria uma bênção em algo que pode se tornar uma grande maldição, prejudicando sobremaneira a vida e o relacionamento das pessoas. Para inibir essa situação, atitudes precisam ser tomadas e, para tanto, ter coragem é fundamental. Não devemos hesitar em tomar decisões, mesmo as que não agradam as pessoas, quando há excesso de uso ou desvio de finalidade do avanço tecnológico.  O líder não deve temer, quando necessário, utilizar a regulação, estipular os limites. A retrospectiva histórica aponta para a regulação. Inicialmente, a propriedade, o poder familiar, a supremacia masculina, a liderança religiosa, o uso de som, os gastos públicos, o processo eleitoral e tantos outros quase não sofriam restrições.  A liberdade era total. Hoje, essa concepção perdeu sua força. O conceito atual é de uma liberdade relativa.  Assim, o uso da internet deve ser livre, mas responsável, competindo àquele que exerce função de liderança, em casa, na escola, na empresa ou na sociedade, ter a coragem de regular o seu uso. Basta não esquecer que tudo deve ser feito com harmonia, bom senso, legalidade, propósitos educacionais, visando o bem estar da pessoa e da comunidade. É disso que a sociedade precisa.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

domingo, 16 de setembro de 2012

Conflito Saudável


Na vida moderna, quase sempre nos deparamos com situações conflitantes. De tanto ocorrer, já criamos certo pavor a conflitos. Fugimos deles. Preferimos evitá-los. Pensamos que assim é melhor para nós. Realmente, no início temos a sensação de alívio. Por isso, repetidas vezes, fugimos. Só que ele retorna. Não nos deixa quietos por muito tempo. A sensação que evitamos foi passageira. É semelhante a uma gripe ou inflamação mal curada. Ela retorna. Mais forte ainda.
Pode não ser fácil administrar situação conflituosa, mas, com certeza, é edificante. Vale à pena tentar, ir em frente. Algumas situações são até fáceis. Outras, nem tanto. E tem aquelas que são difíceis.
Das mais fáceis, podemos citar aquela em que entramos em conflito sempre que nos encontramos com determinada pessoa ou quando tratamos com ela de certo assunto. A solução seria diminuir o contato com essa pessoa ou evitar tratar com ela temas polêmicos. A amizade continua, as brigas diminuem e os desgastes desaparecem. Assim, você evita conflitos desnecessários, sem afastar ou excluir a pessoa.
As relativamente difíceis exigem mais cuidados. Podemos tomar como exemplo os conflitos constantes com pessoas da família ou colegas de trabalho. Nesse caso, fica mais difícil evitar contatos ou certos assuntos. Não é fácil evitar. Parece até que o jeito é sofrer com a situação ou romper com o relacionamento. Mas, tem solução mais sábia – enfrentar os pontos conflitantes e contornar as divergências. Não é fácil, mas é possível.
As mais difíceis exigem muita mais competência e sabedoria. O primeiro passo é enfrentar o conflito. Isso leva a uma reflexão profunda sobre as verdadeiras causas. Ajuda a definir como administrar o conflito. Ajuda também a identificar a mudança de postura. Como exemplo de situações conflitantes com elevado grau de dificuldade, podemos citar a busca de posicionamento correto com relação aos conflitos e questionamentos de ordem profissional, espiritual, amorosa, corporal, relacional e como cidadão. Esses conflitos são angustiantes. E o melhor é mesmo enfrentar um a um, até encontrar uma definição que traga a paz e produza a felicidade. Por incrível que pareça, é salutar e indispensável haver o conflito. Neles, aprendemos e crescemos. Entendemos melhor a vida e as pessoas. Ficamos mais preparados para outros embates e conflitos. Gera amadurecimento. Atingimos a plenitude da vida.
Um maravilhoso exemplo de conflito saudável encontrei numa entrevista recente com o escritor e filósofo Suiço, Alain de Botton, que ficou famoso ao colocar a filosofia a serviço da vida cotidiana. Seus escritos lançam um olhar filosófico sobre questões existenciais contemporâneas. Depois de comentar sobre os mais diversos problemas existenciais do nosso tempo, o entrevistador perguntou se ele se arriscaria a apontar aquele que é o maior drama existencial hoje em dia, ele respondeu: “o conflito entre a ganância individual e o bem estar coletivo”.  Fiquei perplexo e feliz. Perplexo, porque já sabia da individualidade reinante, mas desconhecia do conflito quanto ao coletivo. Fiquei feliz por saber que o homem moderno pensa no individual, porém a maioria já se preocupa e se angustia quanto ao destino do coletivo. Preocupar-se, para mim, já é um grande passo, aliás, o passo mais importante. Sem ele nunca ocorrerá mudança de conduta.
Nesse sentido, existem três tipos de pessoas: 1- as que sempre se preocuparam com o outro, com o coletivo; 2- as que começaram a se preocupar e buscam uma nova postura; 3- as que continuam se regendo apenas pelo individualismo. Reflita sobre qual dos três você faz parte. Dependendo da resposta, parabéns; siga em frente, você consegue; ou cuidado, mude enquanto é tempo.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Brasil, a independência e o prazer de ensinar.


Quando se aproxima a Semana da Pátria, o nosso coração sempre é invadido de muitos sentimentos. Às vezes são até conflitantes. Ora, vem a certeza de que estamos indo bem e que o nosso futuro será melhor ainda; ora, ficamos inseguros e tememos o que há de vir. Essa oscilação é normal. Afinal, somos ainda muito novos e as conquistas têm sido lentas. Há ainda muito que fazer. E isso nos angustia. Porém, qualquer que seja o sentimento, uma coisa é certa – precisamos avançar. E rápido.
O nosso maior desafio hoje é a educação. Sem ela fica difícil encontrar soluções para os problemas de segurança, saúde, cidadania, crescimento econômico sustentável e da desigualdade social. A escola não vai bem e isso nos incomoda, pois atrasa, e muito, as soluções dos nossos graves problemas. Ainda bem que o assunto está na pauta do dia de todas as famílias e de toda a sociedade. Isso é muito bom.
Todavia, se o desejo de educar não vier acoplado às práticas do dia a dia, os resultados permanecerão lentos. Daí a necessidade de incluirmos em nossa rotina, em cada momento, práticas educativas, diuturna e incansavelmente. Nos mínimos detalhes. Até que alcancemos coletivamente a plenitude do saber.
Da mesma forma que o sentimento de independência nos impulsionou a grandes conquistas, o prazer de ensinar precisa invadir o nosso coração para chegarmos a ser um povo verdadeiramente educado. O ensinar tem que se tornar algo rotineiro e prazeroso em nosso proceder diário. Ensinar a comer, a dormir, a se levantar, a andar, a sorrir, a ser útil, a ser feliz, a economizar, a ler, a estudar, a pensar, a abrir e fechar a porta do carro, a atravessar uma rua, a arrumar uma mala, o quarto, a cama, a dormir, a escovar os dentes, a tomar banho, em tudo isso há um segredo e uma forma de realizar da melhor forma possível.
Certa vez, um adolescente ajudava o pai na loja de tintas. Lá vendia solvente por litro e era retirado de um tambor grande, através de uma pequena torneira. Ele foi encher uma garrafa, mas não deu para completar. Precisava saber se ainda havia solvente e teve a iniciativa de iluminar dentro do tambor com um palito de fósforo. Quando ele fez o gesto de acender o fósforo, o cliente gritou “não faça isso, ele vai explodir e inutilizar o seu rosto”. Essa pessoa informou que solvente era altamente explosivo e ensinou o adolescente a levantar a parte final do tambor e o restante que tivesse sairia.
Admiro muito quem fica o tempo todo atento ao que acontece ao seu redor e não perde a oportunidade para ensinar algo a alguém, quem quer que seja. Esse prazer em ensinar deve contagiar e estar presente no sentimento de cada brasileiro, até se tornar uma mania nacional. Essa é a melhor forma de garantir a independência e nos tornarmos um povo sempre feliz.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com 

sábado, 1 de setembro de 2012

Uma conversa no elevador


Na vida moderna, elevador já faz parte da rotina do cidadão. Por alguns segundos ou poucos minutos, estamos de repende quase face a face com alguém. É o momento de definição: olhar ou evitar olhar; de cumprimentar ou não; de comentar algo ou ficar calado; de ficar a vontade ou incomodado; de ser simpático ou antipático; de curtir a pessoa ou rejeitá-la. Nessa ocasião captamos ou transmitimos tristeza, preocupação, desligamento, inquietação, pressa, raiva, tranquilidade, felicidade, paz ou amabilidade.  Não tem jeito. Quando saímos do elevador trazemos ou deixamos parte de tudo isso.
Trata-se, portanto, de uma grande oportunidade que surge, de repente, em nossa frente, para abençoar ou ser útil às pessoas. Pode, inclusive, ser a resposta de Deus para você ou aquela pessoa. Veja o que aconteceu comigo hoje pela manhã.
Por ser sábado, cedo tinha ido caminhar no jardim do edifício. Verifiquei dois jovens com farda de um dos bons colégios de Fortaleza, conversando nas cadeiras ao lado da piscina. Achei a cena linda. Quando fui subir no elevador, eles também foram. Ficamos, eles e eu, bem próximos, por questão de mais ou menos um minuto e meio. Perguntei que serie eles faziam. Responderam 2ª do Ensino Médio. Continuei, e aí já sabem qual curso superior pretendem fazer? Um disse não sei ainda. Tenho dúvidas. Eu afirmei que isso era normal. Sugeri que cada um deles escolhesse um dos cursos pretendidos e analisasse a fundo como ele é. Citei, por exemplo, Direito. É bom verificar quais as disciplinas que compõem o currículo, conhecesse tudo sobre o curso, entrevistasse algum profissional Advogado, Juiz, Promotor, Delegado e outros mais. Depois fizesse uma autoanálise e comparasse se era isso mesmo que ele queria ou se não tinha nada a ver com ele. Conclui a conversa ainda na porta do 5º andar, local que eu tinha de descer. A fisionomia deles era de compenetração, deglutindo tudo que eu falava. Demonstravam enorme prazer em ouvir o que eu falava.
A felicidade deles me contagiou. Chequei no apartamento morto de feliz. Agradeci a Deus aquele momento. Pedi para que Ele abençoasse àqueles dois jovens na escolha profissional. Fiquei preocupado e pensando: será que as escolas de Ensino Médio estão realmente cuidando bem de seus alunos, no tocante aos seus questionamentos pessoais? E a família tem feito algo? Tomara que sim.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com