Criado o primeiro casal e dada a
ordem “crescei e multiplicai”, nada
mais faltava. Passou a existir o primeiro pai. Imagino as primeiras
dificuldades! Mas, tudo deu certo. Daí em diante haja pais nessa terra. Cada um
com estilo diferente, mas todos, pais. Durante muito tempo somente a função de
pai era ser provedor. Depois, passou também a exercer as funções espirituais,
como que sendo o sacerdote da família. Logo teve de defender a família,
passando exercer também a função militar. Progrediu para Rei e Juiz da família.
Haja poder e responsabilidade. Com o surgimento da sociedade organizada,
muitas das funções foram
delegadas, a família ficou menor e passou novamente a ser apenas pai. Mesmo
assim, com muito poder, pois a mãe era simplesmente uma ajudadora. Com a
modernidade a família sofreu grandes mudanças. A mulher era mais do que apenas
mãe. Ela passou a trabalhar e ajudar no sustendo da família. Seus direitos
foram ampliados. O pai teve suas responsabilidades diminuídas e seu poder
dividido. Na pós-modernidade já há família que não precisa de pai.
Tudo isso foi lembrado com um
único propósito – o pai, com raríssimas exceções, sempre correspondeu às
exigências do seu tempo. Vejo isso na história e na minha própria história.
Meus dois avôs, meu pai, meu sogro, eu mesmo, meus filhos, fomos e somos bem
diferentes um do outro, mas todos nós exercemos competentemente o ser pai.
Dignos de uma Medalha Olímpica de Ouro. Afirmo o mesmo com relação aos colegas
dos meus filhos. Todos na faixa de 25 a 40 anos. Vejo neles uma paixão em ser
pai. Acho lindíssimo vê-los indo ao médico, à escola, à igreja, nos passeios,
no aeroporto, na rodoviária, nas praças e em casa cuidando maternalmente dos
filhos. É impressionante como os pais correspondem aos desafios de sua época.
Isso me encanta muito. E é por isso que hoje desejo abraçar carinhosamente a
todos os pais e pedir que Deus, o Pai Maior, abençoe ricamente a todos eles.
José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com