Desde garoto eu sempre fui curioso com remédios. A minha mãe adorava
tomar remédio. Já o meu pai rejeitava totalmente. Presenciei-os sempre
discutindo sobre o assunto. Ao longo da minha caminhada aprendi e optei pelo
equilíbrio, ou seja, nem dependência de remédio e nem rejeição. Era
necessário aprender a administrar a medicação. Com o nascimento dos meus
filhos tomei a decisão de pedir a médica pediatra que me explicasse porque
esse remédio, para que serve, até quando tomar, os efeitos paralelos e outros
detalhes. Nunca administrei sem entender tudo!
Hoje sou idoso, já tenho 78 anos. Aí exige mais cuidado ainda.
Tudo isso foi dito para chamar a atenção das pessoas, no sentido de terem
respeito ao médico e a medicação, pois são indispensáveis a nossa saúde, o
nosso bem estar e a própria felicidade. Principalmente quanto às instruções do
médico e do laboratório na administração certa do uso. Temos tendência de
achar exagero ou tolice.
Aí vem o meu questionamento final.O que adiante tantos estudos, pesquisas,
esforços, investimentos e tempo, que varias de 10 a 15 anos, na produção de
remédios e na formação profissional dos médicos e demais da saúde, se na
ponta final o paciente relaxar no uso dos remédios? Não seguir as instruções
recebidas? Exemplos mais comuns são: jejum; após a refeição; duas vezes ao
dia; seis e seis horas; durante o período de trinta dias; repetir anualmente;
Não custa nada obedecer. Evite a utilizar o seu livre arbítrio. Lembre-se de que
Deus no deu essa liberdade, mas deixou claro que não ficaremos impunes das
conseqüências da nossa decisão.
Semelhantemente, um cuidado a mais,superimportante. Ficar atendo para
medicamentos que você tem rejeição, principalmente quando for de reações
alérgicas. Tenho dois casos que foram graves. Um foi o meu filho Pastor
Eduardo. Ele não pode tomar remédio que contem dipirona. Estávamos em um
hotel em Brasília, ele teve febre e levamos para um hospital. Informamos que
ele não podia tomar dipirona.A pessoa que atendeu esqueceu esse detalhe e
retornamos para o hotel. Com pouco tempo ele teve uma forte alergia.
Retornamos urgentemente para o hospital. Foi uma situação perigosa.
Pensamos até que ele ia morrer.
Outro caso foi com a minha sócia de Advocacia, DraThayane. Ela sempre teve
alergia, mas não sabia que não podia de jeito nenhum tomar “AAS”. Tomou um
remédio efervescente estomacal que continha a substanciae a reação foi
horrível! Teve que ser internada com urgência, utilizando, inclusive, adrenalina
injetável, por ter tido uma enorme reação alérgica. A crise foi revertida. Deu
certo, mas quase morre sem respiração.
José Milton de Cerqueira. Educador e Advogado Fort.18/09/2024