Essa
semana foi riquíssima em experiência. Cada qual a mais
preciosa. Todas me impressionaram muito e me conduziram à valorização dos sentimentos
humanos. Começou com o lançamento de um livro de poesia. Na apresentação,
destaque para a sensibilidade do autor e a beleza de suas poesias. Depois, no
face, um jovem acadêmico de economia da UFC expõe a sua sensibilidade exaltando
a beleza de um dia nublado. Sua narrativa é encantadora! Na praia, um amigo
curitibano mostra-me as fotografias que tirou nas praias de Morro Branco. Uma
chamou-me a atenção. Nada demais. Apenas dois cocos verdes, com a parte de cima
aberta e cada um com um canudo, encostados um ao outro como dois seres se
amando. Um toque de sensibilidade em dois seres brutos. Por fim, um jovem
catador de lixo, em plena rua da aldeota. Muito educado, simpático e com
aparência de pessoa feliz. Em seu “carro”, estava uma rosa que, por certo
encontrou por ai. Como o sinal demorou, pude ver de perto a bela paisagem e
curtir aquele momento lindo.
Essas
experiências mexeram comigo. Passei um bom tempo analisando a
resistência de muitas pessoas ao relacionamento superficial que teima em
existir. Vi claramente um antagonismo entre o mundo moderno da tecnologia, com
ênfase ao material e o pós-moderno que surge valorizando as pessoas e seus sentimentos.
Cada
pessoa é dotada de
sentimentos e valores humanos. Em alguns, a vida ceifou esses belos sentimentos.
Em outros, houve cultivo, por isso cresceram e embelezaram o mundo. Nesse
contexto, cabe a nós educadores,
tanto em família como na escola, ficarmos atentos, primando pelo cultivo desses
belos sentimentos e eliminando qualquer ação que venha atrofiá-los.
A
nossa atuação pode ser de várias maneiras em qualquer
tempo. Não precisa determinar. Tem apenas de ser urgente e envolver todas as
pessoas, em qualquer que seja a circunstância. O desfio é enorme – precisamos
despertar a sensibilidade que existe em cada ser humano. Agora, mão a obra. É
simples, pode até começar com pequenas perguntas ao filho ou aos alunos. O que
você diz da cor dessa porta? Qual a diferença entre o jogo do Brasil com a
Espanha e a luta do Anderson na UFC? Por que as nuvens estão indo naquela
direção? Por que o Congresso Nacional está agora agindo tão rápido? Por que
tememos algumas pessoas e outras não? Quem
já presenciou o por do sol? O que mais lhe toca, a lua nova ou a lua cheia? O
que você tem a dizer sobre um ônibus lotado, uma cadeira quebrada ou uma pessoa
morando na rua? Andar na praia traz alguma sensação em você? E um pássaro
cantando? Que diferença existe entre um sorriso, uma cara fechada e um olhar
triste? Ah,como temos belas perguntas a fazer!
José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com
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