Mãe é algo muito sublime. Falar
sobre elas requer sensibilidade. Entender a profundeza de seus pensamentos, o
sentido do seu silêncio, a beleza de suas deduções exige recursos especiais e
nem todos nós estamos aptos a utilizá-los. Mas, graças a Deus
isso é possível. Basta querer e crescer nesse sentido.
Convivi
e convivo com muitas mães. De todas as idades e das mais variadas
situações. Aprendi muito com elas. Nelas encontrei inspiração. Delas vieram os
exemplos mais lindos de carinho, cuidado, lealdade e cumplicidade. No meu modo
de entender, sem elas a vida perderia o sentido. Aliás, não haveria vida.
Desejo destacar duas mães. Ambas historicamente
muito conhecidas. Uma é a mãe que compareceu perante o Rei Salomão pedindo para
julgar o litígio que travava com outra mulher, na disputa de quem era
verdadeiramente a mãe de determinada crianças. Salomão surpreendeu as duas,
determinando que o soldado partisse a criança ao meio e desse uma banda para
cada. Uma delas gostou da idéia, mas a outra, e é essa que desejo homenagear,
gritou e pediu para não fazer isso. Preferia perder a criança a vê-la mutilada.
Salomão deu a criança a ela e disse :você é verdadeiramente a mãe dessa
criança”.
A
outra mãe que faço menção honrosa e quero homenagear neste texto é
Maria, mãe de Jesus. Ela sabia que Ele era o Filho de Deus, antes mesmo dele
nascer. Porém, preferiu obedecer a ordem Divina e guardou essa revelação em
silêncio, bem no fundo do seu coração. Essa cumplicidade perdurou por mais de
trinta anos. Guardar no coração não é fácil. Às vezes dói, mas Maria suportou
muito bem. Hoje, todos nós fomos beneficiados por essa belíssima atitude de
Maria. Ela não precipitou os acontecimentos. Deixou tudo acontecer conforme
Deus havia dito e Jesus pode concluir a sua obra e cumprir a sua missão.
Na
escola, o contato com as mães é muito intenso. Elas são presenças
constantes. Ora agradecendo ou reclamando; elogiando ou criticando, mas sempre
presentes. São conscientes que a escola é fundamental para a educação do filho.
Sentem que sozinhas fica mais difícil cumprir sua missão de mãe. Às vezes se
angustiam e é por isso que chegam até mesmo a atrapalhar o trabalho da escola.
Aproveitando
a
semana das mães, fica aqui o apelo a todos nós que somos operadores da
educação, no sentido de que tenhamos paciência com as mães de nossos alunos.
Elas precisam da nossa ajuda e clamam por alguém que as compreenda. Vamos
apagar qualquer lembrança negativa que ficou em nossa mente por causa de alguma
agressão por parte de determinada mãe. Perdão para elas. O momento é de
compreensão e colaboração. Vamos caminhar juntos, de mãos dadas. Agindo assim,
quem ganha é a educação e por via de conseqüência, o nosso aluno. Às mães com carinho,
colegas educadores
José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário