Boas vindas

O objetivo principal deste blog é edificar vidas.

Os artigos e informações aqui contidas visam tão somente tornar as pessoas mais conscientes de si; seguras na busca do entendimento sobre o mundo, os fatos, as pessoas; acreditem mais na construção de um mundo melhor e na beleza da criatura humana. Bom proveito !

Google Translator

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Quando o engraçado é prejudicial

Rir é bom. O humor suaviza e embeleza a vida. O brasileiro é engraçado, o cearense mais ainda. Isso nos torna feliz e nos faz um povo alegre. Aula sem humor não dá; relacionamento sem alegria, nem pensar. Porém, levado ao exagero, o feito é inverso. O sábio Salomão escreveu, e a boa educação está a indicar, que há momento para tudo sobre a face da terra, dentre eles, o de rir e o de chorar. Esse comentário vem a propósito de certas posturas de pais e educadores, que diante de um ato delicado e perigoso, em vez de utilizarem a correção, preferem a cômoda posição de achar engraçado. Um exemplo típico desse procedimento ocorreu com os jovens que queimaram um índio, quando este se encontrava deitado em um banco de rua em Brasília. Eles disseram que não queriam matá-lo, mas apenas se divertirem. Ou seja, eles achavam engraçado ver um índio sair correndo com fogo em sua roupa. Com certa segurança, podemos afirmar que esses jovens, na época em que eram crianças ou adolescentes, foram “prestigiados” pelos pais, familiares e amigos no momento em que praticavam alguma “brincadeira” perversa. Esse achar engraçado significou para os jovens uma aprovação tácita e serviu como incentivo para outras práticas semelhantes. Esse tipo de “brincadeira”, com certeza, não teve início apenas quando praticaram com o índio. Por certo, foi iniciada de forma mais simples, com um pequeno pássaro, um indefeso animal, ou mesmo com um desprestigiado empregado doméstico. Daí para um índio o passo é pequeno. Ainda bem que nem todos os pais e educadores agem assim. Recentemente, uma criança gritava impedindo a sua babá de entrar na piscina para se divertir. Diante desse gesto grosseiro, a babá ficou tímida, com receio de entrar. Os que estavam assistindo, acharam a cena engraçada, por se tratar de uma criança que, apesar de ser muito pequena, já tinha tanta “moral” e autoridade. A mãe, porém, teve um olhar diferente. Na sua sensibilidade deu para perceber que algo tinha de ser feito, pois o momento era sério e oferecia uma fantástica oportunidade pedagógica. Não se intimidou com o “engraçado” e nem censurou os que riam da cena. Apenas, calmamente, se aproximou da criança e repreendeu o seu gesto. Esclareceu e orientou que ninguém tem o direito de tratar as pessoas dessa forma. A criança ficou calma, entendeu a mensagem, aprendeu a lição e aceitou a babá participar das brincadeiras. Ambos continuaram felizes, brincando na piscina. Cuidado gente com o engraçado. Por traz dele pode estar uma semente de maldade ou de arrogância.    

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário