O mundo há de ser melhor, a começar em mim.

Exige-se muito esforço e persistência por parte de quem, na tentativa de mudar o mundo, ver-se desafiado a retirar o olhar nos fatos, para focar em si mesmo, analisando e avaliando a própria conduta.

No princípio incomoda e às vezes até dói. Isso vem a propósito de duas entrevistas recentes e de uma campanha. Esta visava a melhora do trânsito, focando na mudança pessoal do condutor e do pedestre. As entrevistas tratavam temas diferentes, mas ressaltavam o mesmo processo de mudança. Uma foi com o pai do Marketing 3.0, Philip Kotler. Ele abordava a evolução do Marketing nas últimas décadas. No Marketing 1.0, o foco era vender o produto; no Marketing 2.0, era satisfazer e reter o consumidor; no Marketing 3.0, o objetivo é fazer do mundo um lugar melhor, visando o ser humano, que, em sua plenitude, tem coração, mente e espírito. Assim, o Marketing hoje deve ser baseado em valores condizentes com o conceito de humanidade. A outra entrevista foi nas “Páginas Azuis” do O POVO, com o título “Admirado Mundo Novo”, com Michel Maffesoli, um dos principais teóricos da pós-modernidade. Indica que a nova ordem mundial é baseada na solidariedade e nos afetos. Isso me fez vir à mente, as transformações na educação. Iniciou-se na transmissão de conhecimentos e valores; depois, a ênfase passou a ser nos currículos, programas e ensino; após o advento da LDB, o foco maior passou a ser na aprendizagem; atualmente, a tendência é retornar ao primeiro foco: transmissão de conhecimentos e valores. Todas essas constatações apontam para o novo momento que estamos vivendo. Uma forte tendência à valorização do ser humano como um todo. Assim, acredito na beleza do mundo que estar por vir, mais belo, humano e justo. E esse sentimento gera em mim zelo e especial cuidado com o meu dia a dia, preparatório para o desafio de afirmar: “a começar em mim”, o mundo há de ser melhor.

UMA MÚSICA:

Haja paz na terra

Vale a pena conhecer a grandeza da letra (Google) e a beleza da música (Youtube). Atente para a sua mensagem e conheça o efeito dela na vida de muitos jovens e adultos do mundo inteiro. Tudo tem muita relação com o que se propõe no artigo ao lado.

Era verão,1955. Um grupo de jovens acampantes de diversas raças e grupos religiosos tinha um grande desejo: ver a paz mundial. Braços dados cantaram um cântico, escrito naquele ano, que comunicava perfeitamente o que estava nos seus corações: “Haja Paz na Terra, a começar em mim”. Descendo da montanha, esses jovens começaram a compartilhar este cântico.

Como se tivesse asas, Haja Paz na Terra começou uma viagem maravilhosa ao redor do globo. Foi cantado em organizações de todo o tipo, em reuniões de igrejas. Foi gravado, copiado, impresso, passado de boca em boca. Atravessou os Estados Unidos. Ganhou medalhas e honrarias em 1958 e nos anos seguintes. Continuou a ser hino-tema de muitas ocasiões cívicas no país. Foi para a Europa, Oriente Médio, América do Sul, Ásia, África e Austrália e as ilhas do Pacífico.

José Milton de Cerqueira

Educador e Advogado

jmcblogger@gmail.com