Boas vindas

O objetivo principal deste blog é edificar vidas.

Os artigos e informações aqui contidas visam tão somente tornar as pessoas mais conscientes de si; seguras na busca do entendimento sobre o mundo, os fatos, as pessoas; acreditem mais na construção de um mundo melhor e na beleza da criatura humana. Bom proveito !

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quarta-feira, 27 de março de 2013

Reflexão sobre a Páscoa


Muitas vezes, o que parece o fim
É apenas o começo.  

No período que antecede os feriados da Semana Santa é oportuno meditar sobre essa foto e a sua mensagem escrita. Serve de aprendizado e encorajamento.
Realmente, quando Cristo foi crucificado, para muitos era o fim de um grande movimento, inclusive por parte de seus seguidores.
Na verdade, ali nascia a Igreja Primitiva, que divulgaria os feitos de Cristo por toda a terra, completando assim o plano de Deus.
Para cumprir essa missão, tanto Cristo quanto os seus seguidores tiveram de  enfrentar muitos desafios e grandes dificuldades.
Quando, pois, você estiver em uma situação delicada, que pareça ser o fim de tudo, lembre-se que pode ser o começo de uma nova caminhada. E lute para acontecer.
Para completar a centésima matéria que postei no meu Blog, fiquei feliz em ser relacionado a Jesus Cristo, o verbo que se fez carne, o Deus que se fez homem.
Trata-se da minha homenagem a Jesus Cristo e aos seus seguidores.
Feliz Páscoa para todos. Cuidado com os feriados. Não exagere.
                                               
José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com  

terça-feira, 26 de março de 2013

ENTENDENDO MELHOR


É bom ir mais a fundo na análise do caso FELICIANO E A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS. O Jornal O Povo na edição de 24 de março dedicou um bom espaço para esclarecer ao leitor. Selecionei dois textos por achar serem os mais importantes.
Leia. É importante. Entenda tudo.


DIREITOS HUMANOS 24/03/2013 – Jornal OPOVO
O que a ascensão de Feliciano revela sobre o Brasil e a política
Além da ascensão política do radicalismo religioso, a indiferença da esquerda pelos direitos humanos e o descompasso entre o Parlamento e a sociedade explicam a eleição de Feliciano

O estardalhaço hoje instalado em torno da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados torna difícil acreditar que, até o mês passado, o espaço passava de mão em mão entre partidos desinteressados pelo assunto. Descartado até por quem sempre teve o tema como bandeira, a presidência precisou cair no colo de um pastor de ideias fundamentalistas para voltar aos holofotes. Mais que costura de bastidores, a chegada de Marco Feliciano (PSC-SP) ao controle da CDHM é reveladora da nova cara do poder e da sociedade brasileira.


Destaca-se nessa realidade o fortalecimento de setores religiosos de postura controversa, que se inserem no controle de pautas até então dominadas por segmentos mais progressistas. Para além de discursos na tribuna, essa bancada passa a centrar fogo nas comissões que tocam em assuntos sensíveis às igrejas, sobretudo as neopentecostais, embora a abordagem incomode mesmo segmentos evangélicos.


Forças de orientação mais religiosa que política que cresceram, organizaram-se institucionalmente e se interessaram por novos espaços, mas cuja ocupação de desses postos de destaque só ocorreu devido a uma esquerda que, no poder institucional, trocou antigas bandeiras pela governabilidade. Para que o PSC assumisse o controle da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, foi necessário que segmentos historicamente ligados à pauta dos direitos humanos deixassem o tema em segundo plano. Sobretudo o PT.


Outras prioridades
Mesmo indicando três dos 21 presidentes de comissões, o partido priorizou neste ano as áreas de Constituição e Justiça, Seguridade Social e Relações Exteriores - todos ligados diretamente à estabilidade do governo Dilma Rousseff no Congresso Nacional. “Algumas dessas comissões iriam para o PSDB (maior partido da oposição), o que seria um problema”, diz o líder do PT na Casa, o deputado cearense José Guimarães. No passado, petistas de alto prestígio dentro do partido, como os ex-ministros Nilmário Miranda e Iriny Lopes, comandaram o colegiado.


Outros segmentos que também costumavam dar prioridade à temática, como PCdoB e PDT, também abriram mão da posição ao optarem pelos colegiados relacionados a outros temas. Como ninguém mais se interessou, a indicação acabou sobrando para o PSC.


Para além do poder institucional
O descaso que forças partidárias passaram a dispensar ao assunto no Congresso não condiz com a importância que os diversos temas agrupados sob o guarda-chuva de direitos humanos mantêm na sociedade. Nas muitas manifestações que seguiram à indicação do PSC, quem antes era grupo representado passou a questionar os representantes. Reflexo do descolamento entre políticos eleitos e aqueles em cujos nomes deveriam falar.


“A comissão foi posta de lado, mas os direitos humanos não perderam importância. A intensa repercussão contra o Feliciano provou isso”, afirmou ao O POVO Domingos Dutra (PT-MA), antecessor de Feliciano na comissão.

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PROTESTOS 24/03/2013 – Jornal OPOVO
O Brasil que reagiu ao pastor Feliciano
Em plataformas virtuais e também no mundo real, manifestações que partiram desde movimentos sociais até a apresentadora Xuxa colocam o Legislativo contra a parede


Entre os desdobramentos que eclodiram após a eleição de Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, destaca-se a revelação de um Brasil que não aceitou a escolha que veio de cima. Sem dar trégua desde o dia da divisão das comissões, as muitas manifestações contra a posse do pastor travaram a pauta da CDHM e colocaram pressão sobre as maiores lideranças do Congresso Nacional.


Mais do que mostra de insatisfação com os rumos da comissão, as manifestações deixaram claro que o descaso com que a maioria dos partidos tratou a CDHM não condiz com a relevância dos temas em discussão no colegiado. A revolta atingiu desde movimentos sociais organizados à apresentadora Xuxa, que protestou pelo Facebook. As redes sociais, a propósito, têm sido o principal canal de indignação, mas as reações não ficaram restritas ao mundo virtual.


Na última quarta-feira, 20, Feliciano abriu sessão do colegiado sob vaias de manifestantes que lotavam as galerias da Câmara. Incapaz de dar prosseguimento à pauta dos trabalhos, o deputado abandonou a sala oito minutos após a abertura da reunião.


A pauta da sessão era debate sobre os direitos de portadores de transtorno mental. Porém, após quase 30 minutos de bate boca, a reunião foi encerrada sem qualquer discussão sobre o tema.


A situação colocou sob pressão o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que teria pedido que o PSC repensasse a indicação de Feliciano para o colegiado. Segundo Alves, que deu prazo para até a terça-feira, a situação do parlamentar na CDHM estaria “insustentável”.


Marco Feliciano, por outro lado, afirmou na última quinta-feira, 21, em entrevista a rádio do Grupo Estado, que não deverá renunciar “de maneira nenhuma” a presidência da comissão.


Frente Parlamentar
Apoiado pela repercussão popular do caso, grupo de deputados criou a Frente Parlamentar em defesa dos Direitos Humanos. A ideia é criar alternativa à CDHM no debate sobre os direitos humanos na Câmara, que estaria, segundo os parlamentares contrários à indicação de Feliciano, “inviabilizado” na comissão oficial. A proposta recebeu adesão inclusive de líderes partidários na Câmara, o que não costuma acontecer em frentes parlamentares do Congresso. (Carlos Mazza)

E agora


ENTENDA A NOTÍCIA


Sob pressão de movimentos populares, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), deu prazo de até terça-feira, 26, para que o PSC resolva o impasse na CDHM. Feliciano, no entanto, afirma que não irá renunciar.



A ELITE CIENTISTA ACABA ENCONTRANDO DEUS.


A busca frenética do homem pela descoberta da origem do universo e dos mistérios que envolvem o funcionamento do cérebro humano acaba encontrando a resposta mais precisa – DEUS! Não se trata de fanatismo religioso. A opinião é com base nas conclusões parciais divulgadas até então.
Desde a adolescência leio a Bíblia. Sempre o fiz de forma equilibrada querendo entender o porquê de cada palavra, texto ou fato. Andavam juntos os meus questionamentos e meu respeito a Deus. Percebi que Ele abria espaço para esse tipo de conduta do ser humano. Não desejava ser bobo e nem prepotente. Respeitava o Ser Superior, Criador do Universo. Mesmo assim, continuava com os meus questionamentos. Aprendi muito. Não comporta narrar todas, mas eis algumas.
Não se irritar, evitar permanecer com a ira, pensar no que é puro e perfeito, perdoar, compreender, amar, evitar ódio, rancor, ciúme, inveja, perseguição e tantas outras eram recomendações para o viver bem e ser feliz. Depois a psicologia descobriu a mesma coisa e passou a recomendar também aos pacientes. Antes, só os religiosos assim faziam. Que bom!
Onde a pessoa estivesse Deus saberia, não importando o lugar. Era complicado entender isso. Passei muitos anos acreditando pela fé e o respeito a Deus. Com as descobertas científicas o GPS foi produzido. Essa localização tornou-se normal. Até objetos, podem sem localizados. Basta ter um chip.
Haveria um livro que registrava todas as coisas. Cada ser humano tinha a sua anotação. Como era difícil aceitar isso! Passei longos anos sem entender, mas não tinha como desconsiderar esse texto bíblico. Com o advento da informática foi fácil entender. Hoje, com o nosso CPF o Sistema Tributário sabe tudo sobre nossos gastos. As empresas rasteiam tudo que consumimos e com isso traçam o nosso perfil. Está tudo sob controle. Ai entendi. Deus é mais do que o maior computador do mundo.
O nosso corpo é o Templo do Espírito Santo. Deus habita em nós e não nas coisas. Tai outra informação difícil de ser entendida. Mas, aceitava, mesmo questionando o como isso poderia ocorrer. Depois, os homens resolveram descobrir tudo sobre o célebro. Perceberam, até agora, que há um espaço nele de difícil identificação e já atribuem que pode ser o sentimento religioso onde pode atuar um ser superior. Ai entendi que Deus pode atuar sim dentro da criatura humana. Por enquanto é só. Entendo que a ciência não anula Deus. Ela pode, inclusive, confirmar a existência Dele.
Por fim, um dado interessante. A Agência Espacial Européia, mas que tem forte participação da Nasa, acaba de divulgar um relatório  trazendo revelações sobre a origem do Cosmos. Três delas merecem ser destacadas: a) o Universo é mais velho do que se pensava; b) confirma que houve realmente uma acelerada transformação após o Big Bang, mas apesar da matéria ser aparentemente de forma aleatória, ela não é totalmente a esmo; c) continua um enigma a existência da “energia escura”, que exerce gravidade, mas não interage com a luz.
Como diz o título acima, a elite cientista acaba descobrindo a atuação de Deus no Universo e no ser Humano, através do Cosmo ou do celebro do homem.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

segunda-feira, 25 de março de 2013

”HÁ RAZÕES PARA IGNORAR A LITERATURA INFANTIL”





Transcrevo, na íntegra, importante matéria sobre a Literatura Infantil, por conter a opinião de quem se especializou no assunto e por ser oportuna, vez que estamos prestes a comemorar o Dia Nacional da Literatura Infantil, 18 de Abril. Bom proveito.




EDITORIAIS 

`Há razões para ignorar a literatura infantil`, diz escritor espanhol 

ARYANE CARARO - O ESTADO DE SÃO PAULO - 07/03/2013 - SÃO PAULO, SP 

BOGOTÁ - A literatura infantil é uma literatura de segunda classe? A pergunta por
si só já soa polêmica, mas a resposta do escritor espanhol Gonzalo Moure pôs fogo
nesta discussão nesta quinta-feira, 7, durante o 2.º Congresso Iberoamericano de
Língua e Literatura Infantojuvenil (Cilelij), realizado pela Fundação SM na Colômbia
até sábado,
9. “Há, de fato, razões para ignorá-la ou marginalizá-la. Eles têm razão para não nos
enxergar, pelas nossas próprias limitações. Somos como pássaros dentro de gaiolas.”
E as grades são a concepção de que um livro infantil tem de servir para educar, para
formar, para prevenir. Elas fizeram com que a literatura infantojuvenil, segundo
ele, não progredisse nos últimos dez anos. 

Para Moure, há dois tipos de escritores hoje: os que escrevem com mais vontade de
ensinar e os que querem fazer literatura. Ainda assim, entre esses dois há muita
intenção moralizante, quando não função pedagógica. O que está acontecendo,
segundo o escritor, é que não há uma preocupação em formar “pessoinhas”, mas,
sim, de formá-las à nossa maneira. E, assim, “não estamos sendo sinceros com elas”,
defende Moure. 

“Na vida cotidiana, poucas vezes somos capazes de nos dirigir às crianças de forma
horizontal sem tentar ensinar. A literatura infantil não é infantil nunca e a juvenil
poucas vezes é juvenil. São os adultos, possuidores de valores humanos e
humanísticos firmes, que escrevem para eles e este “para” é o pecado original
da literatura infantojuvenil.” Isso se reflete em obras literárias de cunho pedagógico,
com livros destinados à prevenção e que não abordam assuntos considerados tabus,
como sexo e religião. 

“O editor, disfarçadamente ou conscientemente, publica livros que tenham essa
qualidade. E o escritor se submete a essa exigência.” É isso o que faz com
que a literatura infantojuvenil seja vista ou classificada como um subgênero
literário, explica ele. Segundo Moure, o mundo é ainda muito polarizado nos
livros para crianças e jovens, o bem versus o mal está sempre presente nesse
tipo de escrita. “Se ela não se desprender do maniqueísmo imperante,
será sempre um subgênero.” 

Outro problema apontado por ele é que, nas últimas três décadas, houve
e ainda há uma tendência realista predominante na literatura infantojuvenil.
“Isso não tem de ser a única oferta para as crianças. Sinto que nós,
escritores, estamos estancados. Não progredimos na última década.” Para ele,
os textos literários ficaram todos muito iguais, na forma de abordagem
e nos assuntos. “Precisamos de algum ponto de ruptura”, continua. E este
ponto passa, segundo ele, pela entrada de novos autores no circuito editorial.
“Quero ver vozes novas que não repetem o que já foi escrito, o que minha
geração já fez. Quero encontrar algo que me surpreenda, que escandalize.
E isso não tem nada a ver com sexo.” 

O que seria, então, a verdadeira literatura? “A verdadeira literatura não
responde a nada nem a ninguém. Ela recria o mundo sem se importar
se o resultado final é correto ou incorreto.” Moure deixa claro que não há
receitas ou fórmulas, apenas acredita que a literatura infantojuvenil não
deva ter nenhuma obrigação, como qualquer outro gênero literário.
Ela tem de ter apenas qualidade e liberdade. Ele diz, por exemplo,
que não pede nada da literatura, só que ela o agrade, que o emocione.
“Devemos ensinar a perguntar e não ensinar o que já sabemos. A revolução
na educação e na literatura vai se dar por aí.” 

* A jornalista viajou a convite de Edições SM Brasil

REPRODUZINDO BOAS IDÉIAS.

Para conhecimento dos amigos, a forma como o artigo sobre A Vida em Condomínio (clique no título ao lado para abrir o artigo original) foi utilizada pelo Síndico de um Condomínio classe A de Fortaleza, com moradores de expressão e formadores de opinião, dentre eles o Prefeito Roberto Cláudio.

A minha alegria não está neles, mas na atitude do Síndico, pois a minha intenção, ao escrever, foi contribuir para melhorar a educação do cidadão e mostrar que o condomínio é um grande laboratório para essa aprendizagem.

Essa atitude cidadã do Síndico do Condomínio Spazio Maranello merece reconhecimento, por ser um agente multiplicador de boas idéias.




quarta-feira, 6 de março de 2013

A VIDA EM CONDOMÍNIO.



É consenso entre os estudiosos do comportamento humano que a vida em condomínios é um excelente laboratório para o exercício da cidadania. Fica entre a família, que é o ambiente mais importante para crescimento pessoal, e a sociedade, campo mais amplo para a aprendizagem.
A importância da vida em condomínio é patente. Nele busca-se o viver da melhor forma possível. É lá que se encontra o nosso ninho, que é a própria família, estreitamente ligado a uma árvore, que é o condomínio. Ambos são por demais importantes. Zelar por eles se torna algo prioritário.
A convivência em condomínio é regulada por uma Convenção e um Regimento, ambos aprovados pelos condôminos. Neles são contemplados princípios básicos que nortearão as políticas, normas e regras de convivência, que entendemos ser o melhor para todos. Elege-se um Síndico para conduzir bem essa pequena vida comunitária.
Há condomínios que exageram em suas determinações. Às vezes as exigências têm como foco mais a finalidade policialesca do que a de guardadora. Quanto não é a composição do Condomínio é, às vezes, o Síndico que tem atuação com excesso de rigidez. Nesses casos, a vida em comum se torna complicada.
Ainda bem que há Condomínios e Síndicos que são um primor de respeito aos condôminos e de cuidados em proporcionar uma vida comunitária prazerosa. O foco deles é sempre a boa convivência. Buscam a felicidade plena através de uma atuação firme e, acima de tudo, educativa.  Têm consciência que o condomínio é o melhor laboratório para o exercício da plena cidadania.
É oportuno destacar alguns aspectos que podem ajudar no aperfeiçoamento da vida em condomínio.
1-    É fundamental ter obediência total às normas preestabelecidas. Não importa qual. Todas devem ser respeitadas. Por mais simples que sejam: não pisar na grama; não jogar lixo no chão; não entrar molhado no elevador; não buzinar para entrar ou sair do prédio; não ultrapassar a velocidade de 10km; não gritar demasiadamente, mesmo nas horas ou locais de lazer; deixar o local requisitado limpo logo após a sua utilização e tantos outros mais.
2-    Podem ser feitas críticas e sugestões ao Síndico, mas não esquecer também de dar uma palavra de apoio e incentivo. Ele precisa sentir que não está só, principalmente quando tiver de ser rigoroso, caso alguém não se disponha a obedecer as norma ou atender ao solicitado.
3-    Nunca esquecer que estamos no mesmo barco e que juntos, podemos adquirir um estágio de convivência dos mais excelentes. Queremos ser felizes e essa felicidade passa por morar bem. Por isso, mesmo contra a nossa vontade, em alguns momentos, ceder é necessário. Nada justifica o desrespeito às regras de convivência social. Elas existem para facilitar a vida de cada um. Passar por cima delas só faz atropelar o bem estar coletivo.
4-    Devemos redobrar a atenção às crianças, adolescentes e jovens. Eles encantam e dão vida ao ambiente. Como é lindo ver crianças, adolescentes e jovens em um vai e vem impressionante. Eles expressam alegria, força e juventude. São todos diferentes e comuns ao mesmo tempo. Estão em formação. Para eles e para nós, a grande lição da vida é: tudo tem regras e limites. Aprender a respeitá-los é de fundamental importância para o desenvolvimento e sucesso pessoal. Não é só em convivência social. Na alimentação, no sono, nos estudos, nas amizades e tantos outros aspectos da vida existem regras e limites. Quem desobedece não fica impune. O prejuízo e o estrago virão, mais cedo ou mais tarde, e a conta é alta. Por isso, é bom aprender cedo a não “passar por cima” das normas e dos limites.
5-    Desrespeitar uma regra ou limite é desrespeitar também um princípio. Os princípios são fundamentais para a existência humana. Quando uma pessoa, por comodidade pessoal, deixa a algo prendendo a porta do elevador, não desrespeita apenas a uma regra, mas também ao princípio de facilitar a mobilidade, o ir e vir das pessoas. Do mesmo modo, quando uma pessoa transita molhada pelo pátio e corredores, não está apenas desrespeitando uma regra. Está desrespeitando o princípio de segurança das pessoas, o que acaba provocando acidente, mutilando vidas.
Como se percebe, nada é por acaso. Tudo tem um sentido na vida.
                                                                
José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com  



terça-feira, 5 de março de 2013

SENTIMENTO DE FRACASSO


Fico encantado quando me deparo com texto que visa mais orientar e consolar do que criticar e atormentar. Curto muito esse tipo de colocação. Serve de lenitivo para o sofrimento humano. Eis um deles.
ROSELY SAYÃO - FOLHA DE SÃO PAULO - 26/02/2013 - SÃO PAULO, SP
Há algum tempo tenho percebido que diversas mães se declaram incompetentes diante de sua tarefa de educar os filhos. Há também as que se sentem fracassadas quando percebem que o que elas almejavam para os filhos não se concretizou.
Claro que há pais que se sentem da mesma maneira, mas minha experiência aponta um número maior de mulheres sofrendo com esses sentimentos.
Há uma tendência social de se avaliar a mulher pelo êxito do seu filho, isso desde a mais tenra idade.
O filho andou precocemente? Já escreve e identifica o próprio nome escrito em letras aos três anos? Desenha como um artista? É um dos primeiros alunos da classe? Tem destaque na escolinha de futebol? Entrou na faculdade considerada top?
Ah! Mães com filhos que realizam tais feitos costumam ser avaliadas como boas mães. Elas souberam o que fazer e como fazer para que os filhos atingissem tais feitos costumam considerar as pessoas com quem essas mães convivem.
Já se o filho não fala corretamente, faz birra em público, não gosta de estudar, dá trabalho para comer, repete o ano escolar e é desobediente, coitadas dessas mães! Não sabem como exercer bem o seu papel, pensam outras pessoas, sem disfarçar os olhares reprovadores. E, então, indicam profissionais para acompanhamento da criança, literatura especializada, revistas e programas de TV que certamente irão ajudar a pobre mãe. Até a escola costuma fazer orientações para pais.
Você deve ter percebido, caro leitor, que ser mãe ou pai na atualidade ganhou um caráter quase profissional.
Há uma infinidade de recursos disponíveis, hoje, para mulheres e homens que queiram realizar bem sua tarefa com os filhos. Não estranharei se, em breve, for criado um curso de pós-graduação lato sensu sobre educação de filhos.
Sim, porque até agora os cursos tratam de alunos, papel social muito diferente do de filhos, não é?
Dá, portanto, para começar a entender o sentimento dessas mães. Elas não se sentem especialistas em maternidade. E perseguem o tempo todo uma fórmula para dar conta do que acham que precisam dar conta.
O que elas esquecem nessa empreitada é que os filhos ficam diferentes a cada dia. E é justamente por isso que a maioria das atitudes que tomam com as crianças ou os adolescentes tem eficácia de curto tempo. E elas pensam que o que fizeram não deu certo. Deu, mas apenas por pouco tempo.
Se as mães e os pais escutarem atentamente os filhos e tiverem com eles um vínculo de proximidade, irão perceber a hora de mudar de estratégia. Eles, os filhos, dão os sinais.
Outra coisa que mães e pais precisam considerar é que as crianças do século 21 não seguem mais padrões de desenvolvimento. Cada um vive em um ambiente específico, tem um tipo de relação com os pais e, por isso, serão bem diferentes de seus pares de mesma idade. Comparar os filhos no mundo da diversidade não é, com certeza, uma boa escolha!
Mães e pais não devem se sentir fracassados ou incompetentes, pois os filhos precisam justamente do sentimento de potência que os adultos demonstram. Mães e pais não costumam fracassar: costumam errar. E não há nenhum problema em errar: os filhos superam nossos erros com mais facilidade do que nós.
E tem mais: não há certo ou errado quando o assunto é a educação dos filhos. Há princípios, há valores, há a moral familiar e social, há o bem conviver, o respeito e a dignidade. E há estratégias que funcionam por um tempo e estratégias que não funcionam, apenas isso.
Os sentimentos de fracasso e de incompetência podem inibir o exercício da maternidade e da paternidade.
Mais importantes que qualquer conhecimento específico são os afetos porque são eles que conduzem os pais.

domingo, 3 de março de 2013

A INDIGNAÇÃO DE UMA GRANDE EDUCADORA.


Li o texto a seguir, escrito por uma educadora que conheço e admiro muito. Narra as dificuldades que inúmeros pais encontram por ocasião da matrícula de seu filho com Necessidades Educativas Especiais. A indignação da educadora tem sentido. Merece uma boa reflexão.
    TEMOS MUITO A APRENDER E A ENSINAR.                                             Nos preocupamos muito com os alunos que saem de uma escola considerada "pequena" e ingressam nas chamadas “grandes escolas”. Essas crianças são frutos, muitas vezes, de  8 até 10 anos  da  dedicação de "grandes"  profissionais. E, para nossa satisfação, são academicamente  bem preparadas, alunos críticos e participativos.  São crianças “normais” e aceitas em qualquer escola, independente do tamanho que tenha.
    Mas o que dizer dos alunos  com Necessidades  Educativas Especiais (NEE)? Temos grande preocupação com o futuro dessas crianças. Já visitei algumas escolas que deveriam receber esses alunos, e sempre fico decepcionada com o que escuto: "Não estamos preparados para receber esses alunos”, ou “não temos vagas”, (o que, às vezes, pode até ser verdade), ou “não temos profissionais para acompanhá-los” ou ainda, o que é pior, “o aluno não atingiu o perfil no teste de seleção”.
    Até quando esses e outros absurdos continuarão a acontecer? Quando essas escolas vão acatar a lei? Quando irão deixar de promover apenas “alunos medalhas” e passar a promover a dignidade e a justiça?
    O acesso a educação para todos é uma realidade e um direito. Quando irão entender que o movimento de uma escola plural é mundial e inadiável?
    Existem, sim, leis e documentos específicos que  reafirmam e garantem o acesso a todos e destaca a inclusão das pessoas com NEE, entre elas, as que apresentam deficiência. É uma desculpa dizer que as escolas não estão preparadas, e não irão estar nunca, se não começarem a enfrentar a realidade, e isso só poderá acontecer quando abrirem suas portas e não apenas as rampas de acesso, isso apenas, não é suficiente. É preciso romper com as barreiras, com os preconceitos e com o medo do diferente. Alguns autores apontam que a educação inclusiva sustenta-se numa filosofia baseada na igualdade, na solidariedade e nos princípios democráticos. A convivência com o diferente só favorece a aprendizagem. Portanto  educação inclusiva não é favor, não é concessão, não é só amor, é DIREITO, e é isso que precisamos entender de uma vez por todas. O ideário da inclusão deve ser concebido como  intervenção no real. Isto é, não se deve admitir que o alunado permaneça do lado de fora esperando a escola ficar pronta para recebê-los. Trata-se de mantê-la completamente aberta com a diversidade e partir dela. Para isto, será necessário quebrar resistências, remover barreiras físicas e atitudinais, enfrentando conflitos e contradições, revendo estratégias de aprendizagens, com ênfase na construção coletiva.
    Os pais são grandes aliados dos que estão empenhados na construção da nova escola brasileira. NÃO ESTAMOS SOZINHOS E TEMOS MUITO A APRENDER E ENSINAR. Ainda tenho muito a dizer... minha  indignação é imensurável.

Regina Coeli  Furtado Câmara. Psicopedagoga e Coordenadora Pedagógica em Fortaleza.