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O objetivo principal deste blog é edificar vidas.

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sábado, 1 de setembro de 2012

Uma conversa no elevador


Na vida moderna, elevador já faz parte da rotina do cidadão. Por alguns segundos ou poucos minutos, estamos de repende quase face a face com alguém. É o momento de definição: olhar ou evitar olhar; de cumprimentar ou não; de comentar algo ou ficar calado; de ficar a vontade ou incomodado; de ser simpático ou antipático; de curtir a pessoa ou rejeitá-la. Nessa ocasião captamos ou transmitimos tristeza, preocupação, desligamento, inquietação, pressa, raiva, tranquilidade, felicidade, paz ou amabilidade.  Não tem jeito. Quando saímos do elevador trazemos ou deixamos parte de tudo isso.
Trata-se, portanto, de uma grande oportunidade que surge, de repente, em nossa frente, para abençoar ou ser útil às pessoas. Pode, inclusive, ser a resposta de Deus para você ou aquela pessoa. Veja o que aconteceu comigo hoje pela manhã.
Por ser sábado, cedo tinha ido caminhar no jardim do edifício. Verifiquei dois jovens com farda de um dos bons colégios de Fortaleza, conversando nas cadeiras ao lado da piscina. Achei a cena linda. Quando fui subir no elevador, eles também foram. Ficamos, eles e eu, bem próximos, por questão de mais ou menos um minuto e meio. Perguntei que serie eles faziam. Responderam 2ª do Ensino Médio. Continuei, e aí já sabem qual curso superior pretendem fazer? Um disse não sei ainda. Tenho dúvidas. Eu afirmei que isso era normal. Sugeri que cada um deles escolhesse um dos cursos pretendidos e analisasse a fundo como ele é. Citei, por exemplo, Direito. É bom verificar quais as disciplinas que compõem o currículo, conhecesse tudo sobre o curso, entrevistasse algum profissional Advogado, Juiz, Promotor, Delegado e outros mais. Depois fizesse uma autoanálise e comparasse se era isso mesmo que ele queria ou se não tinha nada a ver com ele. Conclui a conversa ainda na porta do 5º andar, local que eu tinha de descer. A fisionomia deles era de compenetração, deglutindo tudo que eu falava. Demonstravam enorme prazer em ouvir o que eu falava.
A felicidade deles me contagiou. Chequei no apartamento morto de feliz. Agradeci a Deus aquele momento. Pedi para que Ele abençoasse àqueles dois jovens na escolha profissional. Fiquei preocupado e pensando: será que as escolas de Ensino Médio estão realmente cuidando bem de seus alunos, no tocante aos seus questionamentos pessoais? E a família tem feito algo? Tomara que sim.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com