Já participei de muitas palestras e estudos a respeito de vida conjugal. A minha carga horária dedicada a esse importante assunto é enorme. Daria um Pós Doutorado.
Uma dessas palestras, algo me chamou a atenção. O palestrante indicava que era importante ter um bom tempo de namoro para o casamento ser bem sucedido.
Adorei esse ensinamento, pois passei cinco anos curtindo o namoro, o compromisso e o noivado para depois chegar ao casamento. Na época da palestra eu já tinha quase quarenta anos de casamento bem sucedido.
Acontece que uma pessoa levantou a mão e discordou desse conceito. Alegou que no primeiro casamento, namorou mais de sete anos e a vida conjugal foi um desastre, enquanto no segundo casamento, namorou menos de um ano e vida conjugal foi e está sendo uma bênção na vida dele, já decorridos mais de dez anos.
Aí cheguei a conclusão de que teorias e regras sobre casamento são relativas, pois dependem, em cada caso, da postura dos envolvidos e de fatos externos à vida conjugal. Portanto, não há prescrição de receita padrão e sim receita específica para cada caso, após analisar todos os sintomas e acompanhar bem as possíveis reações.
As recomendações de especialistas no assunto e de pessoas próximas aos cônjuges NUNCA devem ser desprezadas. São frutos de experiência e estudos. Todavia, devem ser analisadas, com profunda reflexão, até chegar as suas conclusões pessoais. Adicione-se a isso, o pedido a Deus para assumir o Comando e lhe conceder sabedoria e entendimento nas decisões que venham a ser tomadas.
Dr. José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
Fortaleza, agosto de 2022.