Boas vindas

O objetivo principal deste blog é edificar vidas.

Os artigos e informações aqui contidas visam tão somente tornar as pessoas mais conscientes de si; seguras na busca do entendimento sobre o mundo, os fatos, as pessoas; acreditem mais na construção de um mundo melhor e na beleza da criatura humana. Bom proveito !

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domingo, 26 de agosto de 2012

Aprendendo a lidar com perdas


Luana Andrade é uma Psicóloga dotada de muita competência. Lida com maestria os problemas relacionados ao ser humano. Escreve e se posiciona muito bem. Adoro ler seus textos. São preciosos. Ajudam ao crescer como pessoa. Recentemente, ela publicou um artigo no Jornal O Povo que aborda o problema das perdas. Transcrevo para os meus amigos e leitores, por entender que o texto vai ajudar muita gente a lidar com as perdas que ocorrem ao longo da nossa vida. Bom proveito.

A experiência de perder alguém que amamos traz muita dor e nos coloca diante de intensas e difíceis emoções, que podem dar a impressão de que a vida nunca mais será a mesma. Em se tratando de crianças, o problema se torna ainda mais delicado, pois os adultos frequentemente apresentam dificuldades em tratar do tema com seus filhos.
Desde crianças, aprendemos a ter, a ganhar e a acumular, mas é rara a educação e a preparação paras as perdas, especialmente para a morte. É comum que os pais, buscando proteger os filhos da dor e das frustrações, evitem e camuflem o assunto, envolvendo-os em uma bolha e dando-lhes a falsa sensação de que tudo é para sempre, poupando-lhes indevidamente das menores perdas cotidianas, como a perda de um brinquedo, a derrota em jogos e o falecimento de um animal de estimação.
Os pais devem ter em mente que a preparação para lidar com a morte é possível e deve ser iniciada na infância, a fim de que as perdas futuras, na fase adulta, sejam menos traumáticas. É recomendado que os pais sejam honestos ao responder às dúvidas das crianças sobre a morte, observando a linguagem apropriada e evitando ao máximo explicações fantasiosas, que, cedo ou tarde, serão descobertas.
As crianças são capazes de perceber a tristeza familiar e sentem quando algo não vai bem, o que, quando não é esclarecido, pode gerar confusão em sua mente, trazendo-lhe sentimentos de culpa, de angústia e de exclusão da família. Crianças podem ir a velórios, podem ver adultos chorando e devem ter a oportunidade de se despedir dos seus entes queridos, fase importante para a superação do luto. Embora isso possa soar doloroso, deve-se incutir nas crianças, desde cedo, a ideia de que as pessoas não duram para sempre, o que certamente as ajudará a lidar com as perdas inerentes à vida humana.
As crianças, desde que ensinadas para tal, têm grande capacidade de assimilar o sentimento de perda e de elaborar o luto, concebendo-o como um processo natural. É necessário que os pais atentem para essa necessidade e não se furtem, por pena, de preparar os filhos para lidar com a dor.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Mudança de Moradia e de Estilo de Vida.


Mudar é uma exigência da vida moderna. Muda-se de emprego, de curso, de igreja, de cidade, de bairro, de carro, de amizades, de amor... e assim vai. Mas, às vezes, a mudança é apenas uma imposição da idade. Esse é o meu caso. Morei de janeiro de 1974 a julho de 2012, na mesma casa. Foram, portanto, 38 anos e 7 meses. Eu e Solange fomos para lá com apenas uma filha, a Andréa, mas depois nasceram os demais, Hildebrando, Eduardo e Rafael. Nessa casa, fomos felizes em todos os momentos de nossa vida. Lá curtimos a nossa vida conjugal, a infância deles, a adolescência, a juventude e a vida adulta. A casa é a nossa cara! Depois, cada um foi encontrando o seu amor, definindo a sua vida conjugal e construindo o seu novo lar. Assim, fomos devagar ficando sós. Por um bom tempo, isso não nos incomodou. Só depois é que começamos a perceber que a casa era grande demais para nós dois, mesmo tendo, a partir de 2010, a companhia extremamente agradável do Rafa e da Megan. A nossa idade foi avançando, chegamos na maturidade plena, já somos idosos. Ai, decidimos que era melhor morar em apartamento, de preferência em um condomínio bem gostoso, com uma área livre digna de se gostar. Encontramos. Amamos o amplo local e o apartamento pequeno, mas muito gostoso.
A mudança de moradia exigiu uma mudança no nosso estilo de vida. Essa foi a parte mais desafiadora. Foi um repensar total! Mais de 38 anos numa casa grande criou em nós, um tipo de estilo de vida. Agora tinha de ser construído outro, bem diferente. Conseguimos. Estamos curtindo o novo tempo. Para tanto foi necessária muita mudança: de arquivo, de móveis, de hábitos e de curtir as coisas. Não foi fácil desprender. Mas, sentimos que era necessário. Foi o que fizemos, embora em certos momentos, a angústia e a insegurança nos ameaçavam. No fim, deu tudo certo. Já estamos adaptados e felizes. Curtindo o nosso novo tempo. Considerando se tratar de uma experiência exitosa, compartilho com os meus amigos e leitores. Agradeço a Deus a Sua presença constante. O momento era delicado. Sem Ele seria impossível o acerto tão desejado. Peço que Ele ajude e abençoe a todos aqueles que precisam passar por mudanças.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com


quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A beleza da figura paterna.


Criado o primeiro casal e dada a ordem “crescei e multiplicai”, nada mais faltava. Passou a existir o primeiro pai. Imagino as primeiras dificuldades! Mas, tudo deu certo. Daí em diante haja pais nessa terra. Cada um com estilo diferente, mas todos, pais. Durante muito tempo somente a função de pai era ser provedor. Depois, passou também a exercer as funções espirituais, como que sendo o sacerdote da família. Logo teve de defender a família, passando exercer também a função militar. Progrediu para Rei e Juiz da família. Haja poder e responsabilidade. Com o surgimento da sociedade organizada, muitas  das funções foram delegadas, a família ficou menor e passou novamente a ser apenas pai. Mesmo assim, com muito poder, pois a mãe era simplesmente uma ajudadora. Com a modernidade a família sofreu grandes mudanças. A mulher era mais do que apenas mãe. Ela passou a trabalhar e ajudar no sustendo da família. Seus direitos foram ampliados. O pai teve suas responsabilidades diminuídas e seu poder dividido. Na pós-modernidade já há família que não precisa de pai.
Tudo isso foi lembrado com um único propósito – o pai, com raríssimas exceções, sempre correspondeu às exigências do seu tempo. Vejo isso na história e na minha própria história. Meus dois avôs, meu pai, meu sogro, eu mesmo, meus filhos, fomos e somos bem diferentes um do outro, mas todos nós exercemos competentemente o ser pai. Dignos de uma Medalha Olímpica de Ouro. Afirmo o mesmo com relação aos colegas dos meus filhos. Todos na faixa de 25 a 40 anos. Vejo neles uma paixão em ser pai. Acho lindíssimo vê-los indo ao médico, à escola, à igreja, nos passeios, no aeroporto, na rodoviária, nas praças e em casa cuidando maternalmente dos filhos. É impressionante como os pais correspondem aos desafios de sua época. Isso me encanta muito. E é por isso que hoje desejo abraçar carinhosamente a todos os pais e pedir que Deus, o Pai Maior, abençoe ricamente a todos eles.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

A Boa Preocupação


A preocupação em si, como quase tudo na vida, pode se tornar algo bom ou ruim. Depende, e muito, de sua dosagem ou do modo como é administrada. Há preocupação que é fixa e trás perturbação a ponto de produzir sofrimento. Nesse sentido, atrapalha mais do que ajuda. Jesus Cristo expos essa opinião a Marta, irmã de Maria Madalena – “Marta, saiba que Maria escolheu a melhor parte”. Procedeu do mesmo modo quando proferiu o famoso Sermão do Monte – “não andeis inquietos com o dia de amanhã”. Sobre essa preocupação doentia, fico apenas no comentário já citado. Recomendo que cada um, inclusive eu, analise se tem ou não trilhado por esse caminho.
Agora, um pouco da minha experiência com a boa preocupação. É esse tipo de preocupação que deve ocupar espaço em nossa mente. Claro que não podemos fugir da preocupação em si, pois sem ela, a vida se torna um pouco fora da realidade. Mas, é necessário que seja administrada de forma inteligente, aliás, de forma sábia. Como atitude de quem formulou um projeto e visa a um resultado. Pode ser um projeto conjugal, amoroso, profissional, espiritual, educação dos filhos, financeiro, do corpo, do lazer, do ser feliz, de ver os seus felizes e bem sucedidos e tantos outros mais. Na Bíblia existem bons textos nesse sentido. O Sábio Salomão, o Rei Davi e o próprio Jesus Cristo fizeram bons comentários sobre o assunto. Pois bem, vejamos uma área de uma boa preocupação, que vivenciei por muitos anos como pai e como colaborador das famílias de meus alunos - o namoro dos filhos. Preocupar-se em saber, de forma elegante e sincera, quem é a pessoa amada; o que ela pensa sobre diversas ideias e valores; quem são seus pais e como vivem; quais são os seus planos de vida; o que e quem pretende ser. Tudo isso e muito mais, porém calmamente, durante as convivências e diálogos ao longo do relacionamento. Mesmo com pouca idade é importante ir conversando com o filho ou a filha sobre todas essas preocupações que você tem, compartilhando e alterando com ela ou ele, à proporção que for existindo, todo os seu projeto de vida para eles sobre o namoro. A boa preocupação é dividida em gotas, em quantidade certa e em momentos programados. Tipo mesmo remédio homeopático. Requer programação, constância, paciência, equilíbrio, sinceridade, explicações, convencimento, cumplicidade, amor, amor e muito amor. 
Gostaria muito de me alongar sobre o assunto, mas vou parar por aqui. Desejo que Deus abençoe você nessa caminhada da vida, dando-lhe o dom de praticar a boa preocupação.

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com