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domingo, 11 de agosto de 2013

UMA HOMENAGEM AOS PAIS MATERNOS



Vejo com certo encantamento o surgimento de uma geração de pais que não se intimidam em realizar tarefas antes tidas como femininas. Tenho orgulho deles. Em vez de ficarem reclamando e se maldizendo do ingresso da mulher no trabalho, preferiram entender o novo tempo e passaram a se envolver também com as tarefas domésticas. Foi a forma que encontraram para apoiar à mulher que agora estava ajudando também no sustendo da família. Isso se chama sabedoria. A paz em família começa por ai. Muito justo, pois, nesse mês que é dedicado aos pais, prestar uma merecida homenagem a todos os pais que se tornaram também maternos, sem medo de perder a sua masculinidade.


Sobre o assunto, transcrevo parte da entrevista como chefe do departamento de psiquiatria da criança e do adolescente do hospital de Salpêtrière, em Paris o psicanalista Serge Hefez, publicada pela Revista Cláudia de agosto 2013, n* 8, Ano 52. Ele está habituado a receber a família de seus pacientes. Em 25 anos de experiência, quase sempre era a mãe que comparecia ao consultório. Mas, nos últimos tempos, ele vem notando que, em um número crescente de vezes, é o pai que acompanha o tratamento do filho. É um sinal claro, defende o especialista, de que há homens em plena transformação, cada vez mais disposto a assumir tarefas tidas como femininas. “Isso gerou uma crise em torno do conceito de masculinidade”, afirma Hefez, autor de Homens no Divã (Benvirá), livro recém-lançado no Brasil. Eis três de suas constatações.

1. HOJE ELES SE IMPORTAM MAIS COM A PROLE. “De modo geral, os homens sempre gostaram de ter filhos, mas só agora começaram a estabelecer maior conexão com as crianças, a se interessar pelas necessidades delas e a participar das necessidades delas e a participar dos cuidados desde o início da vida. Alguns pais de hoje trocam fraldas e alimentam o bebê. Isso porque, finalmente, eles perceberam o poder que os pequenos têm de enriquecer os adultos. Por meio dos filhos, passam a se ver completos, sentimento que antes era relacionado apenas à natureza da mulher.”

2. NOVOS CONCEITOS ESTÃO SE FORMANDO. “As mulheres conquistaram o mercado de trabalho pra valer e hoje lideram em vários campos. Os homens, por sua vez , estão ingressando nas áreas tradicionais delas, como a casa e os filhos. Mas isso não significa que estão se tornando mais femininos. Acredito que todos nós caminhamos para ser ‘pessoas universais’. Ao vestir tailleur, a mulher não se masculinizou e, ao cuidar do lar, o homem não perdeu a sua masculinidade. Os conceitos mudaram.”

3. UMA CRISE ESTÁ TORNANDO OS HOMENS MAIS AMOROSOS. “Vejo que muitos se perguntam o que significa ser homem em nossa sociedade, porque houve uma revisão de papéis. Ambos os sexos agora podem assumir os mesmos papéis- e estão assumindo. As mulheres tiveram questões semelhantes há alguns anos: ‘se for trabalhar, ainda sou mulher? Ou: ‘o que é ser bom pai?’ No consultório, observo que há homens muito interessados em ser mais amorosos e atenciosos com os filhos e a parceira.”

José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com

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