A preocupação em si, como quase tudo na vida, pode se
tornar algo bom ou ruim. Depende, e muito, de sua dosagem ou do modo como é
administrada. Há preocupação que é fixa e trás perturbação a ponto de produzir
sofrimento. Nesse sentido, atrapalha mais do que ajuda. Jesus Cristo expos essa
opinião a Marta, irmã de Maria Madalena – “Marta,
saiba que Maria escolheu a melhor parte”. Procedeu do mesmo modo quando
proferiu o famoso Sermão do Monte – “não
andeis inquietos com o dia de amanhã”. Sobre essa preocupação doentia, fico
apenas no comentário já citado. Recomendo que cada um, inclusive eu, analise se
tem ou não trilhado por esse caminho.
Agora, um pouco da minha experiência com a boa
preocupação. É esse tipo de preocupação que deve ocupar espaço em nossa mente. Claro
que não podemos fugir da preocupação em si, pois sem ela, a vida se torna um
pouco fora da realidade. Mas, é necessário que seja administrada de forma
inteligente, aliás, de forma sábia. Como atitude de quem formulou um projeto e
visa a um resultado. Pode ser um projeto conjugal, amoroso, profissional,
espiritual, educação dos filhos, financeiro, do corpo, do lazer, do ser feliz,
de ver os seus felizes e bem sucedidos e tantos outros mais. Na Bíblia existem
bons textos nesse sentido. O Sábio Salomão, o Rei Davi e o próprio Jesus Cristo
fizeram bons comentários sobre o assunto. Pois bem, vejamos uma área de uma boa
preocupação, que vivenciei por muitos anos como pai e como colaborador das famílias
de meus alunos - o namoro dos filhos. Preocupar-se em saber, de forma elegante
e sincera, quem é a pessoa amada; o que ela pensa sobre diversas ideias e
valores; quem são seus pais e como vivem; quais são os seus planos de vida; o
que e quem pretende ser. Tudo isso e muito mais, porém calmamente, durante as
convivências e diálogos ao longo do relacionamento. Mesmo com pouca idade é
importante ir conversando com o filho ou a filha sobre todas essas preocupações
que você tem, compartilhando e alterando com ela ou ele, à proporção que for
existindo, todo os seu projeto de vida para eles sobre o namoro. A boa
preocupação é dividida em gotas, em quantidade certa e em momentos programados.
Tipo mesmo remédio homeopático. Requer programação, constância, paciência,
equilíbrio, sinceridade, explicações, convencimento, cumplicidade, amor, amor e
muito amor.
Gostaria muito de me
alongar sobre o assunto, mas vou parar por aqui. Desejo que Deus abençoe você
nessa caminhada da vida, dando-lhe o dom de praticar a boa preocupação.
José Milton de Cerqueira
Educador e Advogado
jmcblogger@gmail.com
Muito Legal, muito bom mesmo,devemos ocupar-se com o que irá produzir resultado em nossa vida.
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